Prefácio por Norma Guimarães

“Havia numa estrela, num planeta, o meu, a Terra, um principezinho a consolar.”
Podemos dizer que o homem contemporâneo, numa devastadora maioria, vive do pão e do livro. Porém, considerando o homem do terceiro milênio, adequamos a segunda necessidade para o computador. O pão representando suas necessidades físicas, o computador a expansão à sua intelectualidade. Saciado nestes dois elementos essenciais para a sobrevivência em nosso planeta, ele só passa a buscar um terceiro elemento, quando o mecanismo que movimenta e sustenta a sua estrutura psicológica e emocional entra em pane e cai no deserto da dor. Aí, a sede de misericórdia se sobrepõe a toda sua força e ele quer e busca o consolo. Mas, não poderíamos falar em consolo, sem conciliar a idéia de um Ser que impera, soberanamente, sobre todas as coisas: Deus. Neste caso, Deus que seria a terceira necessidade para essa maioria, quando na realidade, é, essencialmente, a primeira, passa, irresistivelmente para um plano de emergência em sua vida. Na Sua infinita bondade, justiça e amor, Deus permite ao homem, incessantemente, através de Suas leis naturais e imutáveis, se reencontrar, se reequilibrar, fazendo de suas próprias quedas o seu facho de iluminação, galgando, inevitavelmente, os degraus para sua ascensão. Nesta obra despretensiosa, a proposta do amigo Paulo Bosco é, justamente, colaborar na construção de um mundo melhor, através da palavra instrutiva e consoladora que estimula o próximo à ação renovadora que promove a sua transformação íntima. Somos testemunha do nascimento deste trabalho. Imaginem, tudo começou na lâmina da solidão, quando o amigo relembrava a temporada vivida no estado de Virgínia, a trabalho, num lugarejo reservado ao lazer de políticos e milionários americanos que se deleitavam com a caça de raposas e com os jogos de pólo. Trabalhava com ele uma senhora de cor, a quem ele chamou de anjo negro, por sua bondade e beleza de alma. Ela freqüentava a igreja Evangélica, localizada num gramado, no meio da floresta, onde o levara para uma visita, em sua companhia. Naquela igrejinha, entre os verdes da mata, Paulo fotografou na sua memória a imagem da verdadeira alegria e fraternidade entre os seres humanos. O que o levou a refletir muito seriamente sobre a sua vida, foi uma mensagem intitulada “Minha Conversa com Deus” lida por uma jovem integrante do grupo, começando assim: “Eu pedi a Deus que me livrasse da dor, Deus disse, não.” O leitor poderá se inteirar do conteúdo desta mensagem em uma das páginas deste livro. Resumindo a estória, no final da mensagem, o que Deus concedia era ajudar a amar o próximo. Até agora..... teorias, pensava Paulo. Como praticar esse amor? Como ver o resultado deste amor? É verdade amigo. O amor é como o vento: a gente não o vê. Mas o vento, quando toca as saias ou os cabelos das “morenas” a gente vê. Mesmo por detrás de uma vidraça, se o vento toca as folhas estáticas, elas se movimentam. Então a gente vê o vento. Ah! o movimento.... mover em prol do próximo. Um dia Paulo recebeu uma orientação: “Faça caridade”. Mas ele não tinha recursos. Porém, foi insistido: “Use suas palavras”. Assim, ele decidiu falar aos corações. Agora suas palavras doces, como o abraço de um anjo, transportam consolo e alegria àqueles que carecem de uma palavra amiga. Materializou-se o amor através do seu "Jornal Amigo", "Falando aos Corações", De onde surgiu esta obra, Redenção! Título muito apropriado, que nos traz a idéia da maior prova de amor ao próximo, que se efetivou na história da civilização deste planeta. História Daquele que padeceu deixando que O consumisse o martírio da cruz, causando à Humanidade um impacto tão grande, a ponto de chegar aos nossos dias todos os Seus ensinamentos, sem os recursos gutenberguianos que só vieram a beneficiar os passos da tecnologia, muitos séculos depois. Tudo para nos salvar da ignorância, da incredulidade; para aprendermos com Ele e fazermos como Ele fez, só o bem. Cada um faça o que puder. Deus não exige de nós o impossível. Tudo a seu tempo. Não se pode colher o fruto verde da árvore. Estamos a caminho do amadurecimento, a caminho da salvação. Por isso, infelizmente, até hoje, os ensinamentos de Jesus ainda não foram bem compreendidos. Voltamos à história do movimento das folhas ao vento. Disse Jesus: “A cada um de acordo com a sua obra”. Temos que agir e nos instruirmos nas lições de moral deste Rabino que veio falar do Pai. Se Deus é a nossa necessidade maior, por que não divulgarmos a forma mais eficaz de encontrá-lo? Ele está em nós mesmos. Por que muitos se envergonham de falar de Deus? O homem em suas pesquisas científicas, mede as profundidades das águas do mar, examina toda a Criação, cuidadosamente; estuda a flora, a fauna, adentra o mundo infinito do átomo, explora o espaço incomensurável, preocupa-se com as vidas alheias, mas se esquece de olhar em sua própria direção, se questionar, observar seus impulsos, estudar suas atitudes, analisar suas fraquezas e resistências, enfim, se auto-conhecer e, fazer deste auto-conhecimento uma ponte para realizações maiores, de conformidade com a Lei que está inserida em sua própria consciência: A lei de amor. Servimo-nos de Confúcio, cerca de 600 anos antes de Cristo, que já dizia na sua lei de ouro: “Não fazer ao próximo o que não queira que façam a ti”. E, no exemplo do Mestre Maior, Jesus: “fazer ao próximo aquilo que queira que façam a ti”. Só não entende essas máximas quem não quer. Como dizem certos amigos da tribuna espírita: “É difícil? é. É impossível? não.” Temos que começar. Por isso a importância da auto-análise. Das boas leituras, da reflexão, da meditação, da disponibilidade em aceitar novos conceitos que fazem sentido. Porém, isso depende deste amadurecimento espiritual a qual estamos sendo submetidos. Comparemos a nossa mente, a nossa capacidade de compreensão a uma árvore que vai, pouco a pouco, amadurecendo os seus deliciosos frutos. Jesus, conhecedor das coisas e sabedor da insuficiência da mente do homem da sua época, falou por parábolas usando um vocabulário simples, exemplos comuns como: semente de mostarda, festa de casamento, túnicas, figueira que secou, as criancinhas, o camelo no furo da agulha, a espada, a mão esquerda e a direita... uma infinidade de exemplos, que se fossem dados hoje, com certeza Ele citaria termos atuais, que trouxessem o mesmo sentido aos seus ensinamentos de origem. Imaginem, Ele explicando aos discípulos, na época de hoje que João Batista era o Elias que havia voltado, ou dizer a um moderno Nicodemos, "É preciso nascer de novo". (um Nicodemos à imagem do Dr. Sérgio Felipe, ou Dra. Marlene Nobre, da USP, ou dr. Bryan Weiss, ao simplesmente, Chico Xavier...) Deixemos as crenças. Vamos ao que interessa o caro autor Paulo Bosco. CONSOLAR! Falar, em linhas acessíveis aos nossos corações, do poder do amor e da fé, da necessidade da fraternidade, da alegria e de um novo amanhecer a cada dia, trazendo o sol maior para os nossos espíritos em evolução. Importa o sentido e nele está enxertado a primeira necessidade: Deus!

Obrigado querida Norma,
Eu viajava duzentas milhas (320 quilômetros), ida e volta, à noite no congelante frio do inverno de Nova York para assistir à palestras em reuniões espíritas, a irmãzinha que dava o recado daquela noite, por descuido ou acidente, disse que orações decoradas não tem efeito. Surpreendido, pois a única que eu me utilizava tinha sido minha avó materna que mo ensinou e ainda assim em alemão, quarenta anos depois eu ainda a repetia e mais surpreso ainda ouvi a senhora ao lado murmurar: “meu Deus, mas toda a minha vida rezei oração decorada, Tu então não me ouviste?” ... Um tanto embaraçado, afastei-me daquela casa, comportamento injustificado, já que tantos outros palestrantes me falavam ao espírito, dentre eles uma, particularmente eu admirava pela simplicidade, humildade e força de fé nas palavras que proferia, a via como uma estrela iluminando corações. O tempo passou e já saudoso das reuniões, soube de uma outra recém inaugurada casa espírita, fui conferir e lá, como dirigente, estava ela, iluminando a todos com seu sorriso franco e coração caridoso, lá estava ela falando de Deus, de Jesus com tantã intimidade que tive de retirar os óculos embaçados para poder ver, lá estava ela que hoje tenho a honra de ter como amiga e meu eterno agradecimento por um dia ter dito ... Paulo, você deveria escrever um livro! ... aí está ele Norma e, meu muito obrigado por dedicar seu tempo para ilustrar este humilde trabalho.
o autor

2 comentários:

PASSAGEIRA - NGH - Passageira @NGHPassageira disse...

PAULO,
QUE ALEGRIA ENCONTRAR O SEU JORNAL, DEPOIS DE TANTO TEMPO SEM TER CONTATO COM VOCE. JA HAVIA TE PROCURADO NO ORKUT ETC... MAS, AGORA, QUASE QUE POR ACASO DEPAREI-ME COM VOCE,NOVAMENTE. ENTRE EM CONTATO. RELI O PREFACIO QUE FIZ E FIQUEI EMOCIONADA. MEU E-MAIL: HEARTSCOMM@GMAIL.COM.
GRANDE ABRACO AMIGO
NORMA GUIMARAES

PASSAGEIRA - NGH - Passageira @NGHPassageira disse...

8 anos se passaram e esse livro virtual aqui está para ser lido e relido.