Uma Paixão
Havia um sujeitinho, aliás, um grande sujeito, baixinho, gordinho, de óculos coruja, (fundo de garrafa), muito quieto (na dele), solteiro, sem família enfim, só no mundo. Seu mundo? Os livros, sua única grande paixão. Trabalhava em um Banco, auxiliava aqui e ali, “era desligado” diziam! Mas bem mandado. Era paciente, nunca ficava zangado, mas também nem sorria nem tinha amigos. Ou melhor, tinha muitos, sua paixão, os livros. Um dia, o diretor mandou que fizesse uma arrumação no cofre forte. Entrou, começou a organizar os papéis quando encontrou um livro, bonito, grosso, muitas e muitas páginas, não importava que assunto fosse. Tinha sede de aprender, e lia todos os livros que encontrasse. Então, desligado como sempre, começou a leitura e nem se importou quando sentiu um tremor e a grande porta de aço fechou. Por segundos pensou, que importa, hoje sexta feira, na segunda abrirão, tenho este livro, estarei muito bem. Passou o tempo, muito tempo, talvez mais que o fim de semana e o livro já havia terminado. Bem... que faço? Tentou empurrar a porta e para sua surpresa, não estava trancada. Abriu, do lado de fora, nada.... absolutamente nada, só escombros, o que teria havido? Uma guerra? Terremoto? Fim do mundo? Começou a caminhar por entre os destroços que se estendiam ao horizonte. Preocupou-se. Que fazer? E caminhava. De repente, uma visão maravilhosa, livros, a imensa biblioteca da cidade, totalmente destruída mas, os livros não. “Que felicidade, milhares e milhares de livros somente para mim e, todo o tempo do mundo para ler”. Que lhe importava se nada havia ao derredor. Lá, à sua disposição, tudo o que mais queria no mundo, livros para ler. Sentou-se, acomodou-se em meio de uma pilha de livros e começou a escolher. Por onde começar? “Ha! Aquele ali, me parece excelente, esticou-se para alcançá-lo”, .....- caem os óculos -quebram-se as duas lentes..........
Havia um sujeitinho, aliás, um grande sujeito, baixinho, gordinho, de óculos coruja, (fundo de garrafa), muito quieto (na dele), solteiro, sem família enfim, só no mundo. Seu mundo? Os livros, sua única grande paixão. Trabalhava em um Banco, auxiliava aqui e ali, “era desligado” diziam! Mas bem mandado. Era paciente, nunca ficava zangado, mas também nem sorria nem tinha amigos. Ou melhor, tinha muitos, sua paixão, os livros. Um dia, o diretor mandou que fizesse uma arrumação no cofre forte. Entrou, começou a organizar os papéis quando encontrou um livro, bonito, grosso, muitas e muitas páginas, não importava que assunto fosse. Tinha sede de aprender, e lia todos os livros que encontrasse. Então, desligado como sempre, começou a leitura e nem se importou quando sentiu um tremor e a grande porta de aço fechou. Por segundos pensou, que importa, hoje sexta feira, na segunda abrirão, tenho este livro, estarei muito bem. Passou o tempo, muito tempo, talvez mais que o fim de semana e o livro já havia terminado. Bem... que faço? Tentou empurrar a porta e para sua surpresa, não estava trancada. Abriu, do lado de fora, nada.... absolutamente nada, só escombros, o que teria havido? Uma guerra? Terremoto? Fim do mundo? Começou a caminhar por entre os destroços que se estendiam ao horizonte. Preocupou-se. Que fazer? E caminhava. De repente, uma visão maravilhosa, livros, a imensa biblioteca da cidade, totalmente destruída mas, os livros não. “Que felicidade, milhares e milhares de livros somente para mim e, todo o tempo do mundo para ler”. Que lhe importava se nada havia ao derredor. Lá, à sua disposição, tudo o que mais queria no mundo, livros para ler. Sentou-se, acomodou-se em meio de uma pilha de livros e começou a escolher. Por onde começar? “Ha! Aquele ali, me parece excelente, esticou-se para alcançá-lo”, .....- caem os óculos -quebram-se as duas lentes..........
Viva a Vida!
Jerry era um tipo de pessoa que você iria adorar. Ele sempre estava de alto astral e sempre tinha algo positivo para dizer. Quando alguém perguntava a ele "Como vai você?", ele respondia: "Melhor que isso, só dois disso!". Ele era o único gerente de uma cadeia de restaurantes, porque todos os garçons seguiam seu exemplo. A razão dos garçons seguirem Jerry era por causa de suas atitudes. Ele era naturalmente motivador. Se algum empregado estivesse tendo um mau dia, Jerry prontamente estava lá, contando ao empregado como olhar pelo lado positivo da situação. Observando seu estilo, realmente me deixava curioso, então um dia eu perguntei para Jerry "Eu não acredito!! Você não pode ser uma pessoa positiva o tempo todo... Como você consegue?". E ele respondeu: "Toda manhã eu acordo e digo a mim mesmo: Jerry você tem duas escolhas hoje: escolher estar de alto astral ou escolher estar de baixo astral... Então eu escolho estar de alto astral. A todo momento acontece alguma coisa desagradável, eu posso escolher ser vítima da situação ou posso escolher aprender algo com isso. Eu escolho aprender algo com isso! Todo momento alguém vem reclamar da vida comigo, eu posso escolher aceitar a reclamação, ou posso escolher apontar o lado positivo da vida para a pessoa. Eu escolho apontar o lado positivo da vida." Então eu argumentei: - Tá certo! Mas não é tão fácil assim! - É fácil sim. A vida consiste em escolhas. Quando você tira todos os detalhes e enxuga a situação, o que sobra são escolhas, decisões a serem tomadas. Você escolhe como reagir às situações. Você escolhe como as pessoas irão afetar no seu astral. Você escolhe estar feliz ou triste, calmo ou nervoso... Em suma: A escolha é sua como você vive sua vida! Eu refleti no que Jerry disse. Algum tempo depois eu deixei o restaurante para abrir meu próprio negócio. Nós perdemos contato, mas freqüentemente eu pensava nele quando eu tomava a decisão de viver ao invés de ficar reagindo às coisas. Alguns anos mais tarde, eu ouvi dizer que Jerry havia feito algo que nunca se deve fazer quando se trata de restaurantes: ele deixou a porta dos fundos aberta e, conseqüentemente, foi rendido por três assaltantes armados. Enquanto ele tentava abrir o cofre, sua mão, tremendo de nervoso, errou a combinação. Os ladrões entraram em pânico, atiraram nele e fugiram. Por sorte, Jerry foi encontrado relativamente rápido e foi levado às pressas ao pronto-socorro local. Depois de 18 horas de cirurgia e algumas semanas de tratamento intensivo, Jerry foi liberado do hospital com alguns fragmentos de balas ainda em seu corpo. Encontrei com Jerry seis meses depois do acidente. Quando eu perguntei: "Como vai você?" ele respondeu: "Melhor que isso, só dois disso! Quer ver minhas cicatrizes?" Enquanto eu olhava as cicatrizes, eu perguntei o que passou pela mente dele quando os ladrões invadiram o restaurante. "A primeira coisa que veio à minha cabeça foi que eu deveria ter trancado a porta dos fundos’’ ... ele respondeu. "Então, depois quando eu estava baleado no chão, eu lembrei que eu tinha duas escolhas: eu podia escolher viver ou podia escolher morrer. Eu escolhi viver". Eu perguntei: "Você não ficou com medo? Você não perdeu os sentidos?" Jerry continuou: - Os paramédicos eram ótimos. Eles ficaram o tempo todo me dizendo que tudo ia dar certo, que tudo ia ficar bem. Mas, quando eles me levaram de maca para a sala de emergência e eu vi as expressões no rosto dos médicos e enfermeiras, eu fiquei com medo. Nos seus olhos eu lia: "Ele é um homem morto". Eu sabia que tinha que fazer alguma coisa. - O que você fez? - Bem, havia uma enfermeira grande e forte me fazendo perguntas... Ela perguntou se eu era alérgico a alguma coisa... "Sim", eu respondi. Os médicos e enfermeiras pararam imediatamente esperando por minha resposta... eu respirei fundo e respondi: "Balas!" Enquanto eles riam eu disse: "Eu estou escolhendo viver. Me operem como se estivesse vivo, não morto." Jerry sobreviveu graças a experiência e habilidade dos médicos, mas também por causa de sua atitude espetacular. Eu aprendi com ele que todos os dias temos que escolher viver a vida em sua plenitude. Atitude, entretanto, é tudo. Toda escolha só depende de nós.
A Lição da Borboleta
Um dia, uma pequena abertura apareceu em um casulo, um homem sentou e observou a borboleta por várias horas….ela se esforçava para fazer com que seu corpo passasse através daquele pequeno buraco. Então pareceu que ela parou de fazer qualquer progresso. Parecia que ela tinha ido o mais longe que podia, e não conseguiria ir adiante. Então o homem decidiu ajudar a borboleta, ele pegou uma tesoura e cortou o restante do casulo. A borboleta então saiu facilmente. Mas seu corpo estava murcho e era pequeno e tinha as asas amassadas. O homem continuou a observar a borboleta porque ele esperava que, a qualquer momento, suas asas se abrissem e esticassem para serem capazes de suportar o corpo, que iria se afirmar a tempo. Nada aconteceu. Na verdade, a borboleta passou o resto da sua vida rastejando com um corpo murcho e asas encolhidas. Ela nunca foi capaz de voar. O que o homem, em sua gentileza e vontade de ajudar, não compreendia era que o casulo apertado e o esforço necessário à borboleta para passar através da pequena abertura era o modo com que Deus fazia com que o fluido do corpo da borboleta fosse para as suas asas de modo que ela estaria pronta para voar uma vez que estivesse livre do casulo. Algumas vezes, o esforço é justamente o que precisamos em nossa vida. Se Deus nos permitisse passar através de nossas vidas sem quaisquer obstáculos, ele nos deixaria aleijados. Nós não iríamos ser tão fortes como poderíamos ter sido. Nós nunca poderíamos voar…
Permissão Negada
Disse um soldado ao seu tenente: “Meu amigo não voltou do campo de batalha, senhor, solicito permissão para ir buscá-lo". “Permissão negada. Não quero que arrisque a sua vida por um homem que provavelmente está morto” … replicou o oficial. O soldado, ignorando a proibição, saiu, e uma hora mais tarde regressou, mortalmente ferido, transportando o cadáver de seu amigo. O oficial estava furioso: “Já tinha dito a você que ele estava morto! Agora eu perdi dois homens! Diga-me: Valeu a pena ir lá para trazer um cadáver"? E o soldado, moribundo, respondeu: “Claro que sim, senhor! Quando o encontrei, ele ainda estava vivo e pôde me dizer: "Tinha certeza que você viria!" um amigo é aquele que chega quando todo o mundo já se foi.
O Problema
O Grande Mestre e o Guardião dividiam a administração de um mosteiro. Certo dia, o Guardião morreu e foi preciso substituí-lo. O Grande Mestre reuniu todos os discípulos para escolher quem teria a honra de trabalhar diretamente ao seu lado. "Vou apresentar um problema", disse o Grande Mestre. "Aquele que o resolver primeiro será o novo Guardião do templo." Terminado o seu curtíssimo discurso, colocou um banquinho no centro da sala. Em cima estava um vaso de porcelana caríssimo, com uma rosa vermelha a enfeitá-lo. "Eis o problema", disse o Grande Mestre. Os discípulos contemplavam, perplexos, o que viam: os desenhos sofisticados e raros da porcelana, a frescura e a elegância da flor. O que representava aquilo? O que fazer? Qual seria o enigma? Depois de alguns minutos, um dos discípulos levantou-se, olhou o mestre e os alunos à sua volta. Depois, caminhou resolutamente até o vaso, pegou-o e atirou-o no chão, destruindo-o…. "Você é o novo Guardião", disse o Grande Mestre para o aluno. Assim que ele voltou ao seu lugar, explicou: "Eu fui bem claro: eu disse que vocês estavam diante de um problema. Não importa quão belo e fascinante seja, um problema tem que ser eliminado. Um problema é um problema; pode ser um vaso de porcelana muito raro, um lindo amor que já não faz mais sentido, um caminho que precisa ser abandonado - mas que insistimos em percorrê-lo porque nos traz conforto. Só existe uma maneira de lidar com um problema: atacando-o de frente. Nessas horas, não se pode ter piedade nem ser tentado pelo lado fascinante que qualquer conflito carrega consigo".
O Milagre Do Bambu Chinês
Depois de plantada a semente desse incrível arbusto, não se vê nada, absolutamente nada por 4 anos - exceto o lento desabrochar de um diminuto broto, a partir do bulbo. Durante 4 anos, todo o crescimento é subterrâneo, numa maciça e fibrosa estrutura de raiz, que se estende vertical e horizontalmente pela terra. Mas então, no quinto ano, o bambu chinês cresce até atingir vinte e quatro metros!" Muitas coisas na vida, pessoal e profissional, são iguais ao bambu chinês. Você trabalha, investe tempo e esforço, faz tudo o que pode para nutrir seu crescimento, e as vezes não se vê nada por semanas, meses ou mesmo anos. Mas se tiver paciência para continuar trabalhando e nutrindo, o "quinto ano" chegará, e o crescimento e a mudança que se processará o deixarão espantado.
Doação
O homem por detrás do balcão olhava a rua de forma distraída. Uma garotinha se aproximou da loja e amassou o narizinho contra o vidro da vitrina. Os olhos da cor do céu, brilhavam quando viu um determinado objeto. Entrou na loja e pediu para ver o colar de turquesa azul. É para minha irmã. Pode fazer um pacote bem bonito? disse ela. O dono da loja olhou desconfiado para a garotinha e lhe perguntou: Quanto de dinheiro você tem? Sem hesitar, ela tirou do bolso da saia um lenço todo amarradinho e foi desfazendo os nós. Colocou-o sobre o balcão e feliz, disse: Isso dá? Eram apenas algumas moedas que ela exibia orgulhosa. Sabe, quero dar este presente para minha irmã mais velha. Desde que morreu nossa mãe ela cuida da gente e não tem tempo para ela. É aniversário dela e tenho certeza que ficará feliz com o colar que é da cor de seus olhos. O homem foi para o interior da loja, colocou o colar em um estojo, embrulhou com um vistoso papel vermelho e fez um laço caprichado com uma fita verde. Tome! - disse para a garota. Leve com cuidado. Ela saiu feliz saltitando pela rua abaixo. Ainda não acabara o dia quando uma linda jovem de cabelos loiros e maravilhosos olhos azuis adentrou a loja. Colocou sobre o balcão o já conhecido embrulho desfeito e indagou: - Este colar foi comprado aqui? Sim senhora. E quanto custou? Ah! – falou o dono da loja - o preço de qualquer produto da minha loja é sempre um assunto confidencial entre o vendedor e o cliente. A moça continuou: Mas minha irmã tinha somente algumas moedas! O colar é verdadeiro, não é? Ela não teria dinheiro para pagá-lo! O homem tomou o estojo, refez o embrulho com extremo carinho, colocou a fita e o devolveu à jovem. Ela pagou o preço mais alto que qualquer pessoa pode pagar. ELA DEU TUDO O QUE TINHA. O silêncio encheu a pequena loja e duas lágrimas rolaram pela face emocionada da jovem enquanto suas mãos tomavam o pequeno embrulho. A Verdadeira Doação é dar-se por inteiro, sem restrições. Gratidão de quem ama não coloca limites para os gestos de ternura. Seja sempre grato, mas não espere pelo reconhecimento de ninguém. Gratidão com amor não apenas aquece quem recebe, como reconforta quem oferece.
As 3 Peneiras
Olavo foi transferido de projeto. Logo no primeiro dia, para fazer média com o novo chefe, saiu-se com esta: - Chefe, o senhor nem imagina o que me contaram a respeito do Silva. Disseram que ele... Nem chegou a terminar a frase, Juliano, o chefe, aparteou: Espere um pouco, Olavo. O que vai me contar já passou pelo crivo das três peneiras? Peneiras? Que peneiras, Chefe? A primeira, Olavo, é a da VERDADE. Você tem certeza de que esse fato é absolutamente verdadeiro? Não. Não tenho, não. Como posso saber? O que sei foi o que me contaram. Mas eu acho que... E, novamente, Olavo é interrompido pelo chefe: Então sua estória já vazou a primeira peneira. Vamos então para a segunda peneira que é a da BONDADE. O que você vai me contar, gostaria que os outros também dissessem a seu respeito? Claro que não! Deus me livre, Chefe - diz Olavo, assustado - Então - continua o chefe - sua estória vazou a segunda peneira. Vamos ver a terceira peneira, que é a da NECESSIDADE. Você acha mesmo necessário me contar esse fato ou mesmo passá-lo adiante? Não chefe. Passando pelo crivo dessas peneiras, vi que não sobrou nada do que eu iria contar – diz Olavo, surpreendido…Pois é Olavo. Já pensou como as pessoas seriam mais felizes se todos usassem essas peneiras? - diz o chefe sorrindo e continua - Da próxima vez em que surgir um boato por ai, submeta-o ao crivo dessas três peneiras: Verdade - Bondade - Necessidade, antes de obedecer ao impulso de passá-lo adiante, porque: Pessoas Inteligentes Falam Sobre Idéias Pessoas Comuns Falam Sobre Coisas Pessoas Medíocres Falam Sobre Pessoas. "Os homens andam em fila indiana, cada um levando uma sacola na frente e outra atrás. Na da frente colocamos nossas virtudes. Na de trás nossos defeitos. Durante a jornada pela vida mantemos os olhos fixos nas virtudes que temos, ao passo que reparamos nas costas do companheiro que está adiante os defeitos que eles tem. Nos julgamos melhores que eles sem perceber que a pessoa atrás de nós está pensando a mesma coisa a nosso respeito."
A Flor
O estacionamento estava deserto quando me sentei para ler embaixo dos longos ramos de um velho carvalho. Desiludido da vida, com boas razões para chorar, pois o mundo estava tentando me afundar. E se não fosse razão suficiente para arruinar o dia, um garoto ofegante se chegou, cansado de brincar. Ele parou na minha frente, cabeça pendente, e disse cheio de alegria: "Veja o que encontrei". Na sua mão uma flor, e que visão lamentável, pétalas caídas, pouca água, ou luz. Querendo me ver livre do garoto com sua flor, fingi pálido sorriso e me virei. Mas ao invés de recuar ele se sentou ao meu lado, levou a flor ao nariz e declarou com estranha surpresa: "O cheiro é ótimo, e é bonita também... Por isso a peguei; ei-la, é sua." A flor à minha frente estava morta ou morrendo, nada de cores vibrantes como laranja, amarelo ou vermelho, mas eu sabia que tinha que pegá-la, ou ele jamais sairia de dali. Então me estendi para pegá-la e respondi: Era o que eu precisava!… Mas, ao invés de colocá-la na minha mão, ele a segurou no ar sem qualquer razão... Nessa hora notei, pela primeira vez, que o garoto era cego, que não podia ver o que tinha nas mãos. Ouvi minha voz sumir, e lágrimas despontaram ao sol enquanto lhe agradecia por escolher a melhor flor daquele jardim. - "De nada", ele sorriu. E então voltou a brincar sem perceber o impacto que teve em meu dia. Me sentei e pus-me a pensar como ele conseguiu enxergar um homem auto-piedoso sob um velho carvalho. Como ele sabia do meu sofrimento auto-indulgente? Talvez no seu coração ele tenha sido abençoado com a verdadeira visão. Através dos olhos de uma criança cega, finalmente entendi que o problema não era o mundo, e sim EU. E por todos os momentos em que eu mesmo fui cego, agradeci por ver a beleza da vida, e apreciei cada segundo que é só meu. E então levei aquela feia flor ao meu nariz e senti a fragrância de uma bela rosa, e sorri enquanto via aquele garoto, com outra flor em suas mãos, prestes a mudar a vida de um insuspeito senhor de idade.
Coincidências?
O nome dele era Fleming e era um pobre fazendeiro escocês Um dia, enquanto trabalhava para ganhar a vida e o sustento para sua família, ele ouviu um pedido desesperado de socorro vindo de um pântano nas proximidades. Largou suas ferramentas e correu para lá. Afundado até a cintura em uma lama negra, encontrou um menino gritando, tentando se safar da morte. O fazendeiro Fleming salvou o rapaz de uma morte lenta e terrível. No dia seguinte, uma rica carruagem, chega até a humilde casa do escocês. Um nobre, elegantemente vestido, sai e se apresenta como o pai do menino que o fazendeiro salvou. Eu quero recompensá-lo, disse o nobre. Você salvou a vida do meu filho. Não, eu não posso aceitar pagamento pelo que eu fiz, responde o fazendeiro, recusando a oferta. Naquele momento, o filho do fazendeiro veio até a porta do casebre. É o seu filho? Perguntou o nobre. Sim, responde orgulhosamente o fazendeiro. Eu lhe farei uma proposta. Deixe-me levá-lo e dar-lhe uma boa educação. Se o rapaz for como seu pai, ele crescerá e será um homem do qual vocês terão muito orgulho. E foi o que ele fez. Tempos depois, o filho do fazendeiro se formou no St.Mary's Hospital Medical School de Londres, ficou conhecido no mundo como o notável Senhor Alexânder Fleming, o descobridor de Penicilina. Anos depois, o filho do nobre ficou doente de pneumonia. Salvou-o a Penicilina. Seu nome: Randolph Churchill. O nome do filho dele: Winston Churchill. Alguém disse uma vez que a gente colhe o que se planta. Trabalhe como se você não precisasse do dinheiro. Ame como se você nunca tivesse tido uma decepção. Dance como se ninguém estivesse te assistindo e doe sem pensar no amanhã.
Lição de Vida
Esta é uma estória de um soldado que finalmente estava voltando para casa depois da guerra do Vietnã. Ligou para os seus pais e: “Mãe, Pai, eu estou voltando para casa, mas, eu tenho um favor a pedir… Eu tenho um amigo que eu gostaria de trazer comigo”. “Claro”, eles responderam, “nós adoraríamos conhecê-lo!” “Mas há algo que vocês precisam saber”, continuou o filho, “ele foi terrivelmente ferido; ele pisou em uma mina e perdeu um braço e uma perna. Ele não tem nenhum lugar para ir e, por isso, eu quero que ele venha morar conosco”. “Filho” disse o pai, “você não sabe o que esta pedindo. Alguém com tantas dificuldade seria um grande fardo para nós. Nós temos nossas próprias vidas e não podemos deixar que uma coisa como esta interfira em nosso modo de viver. Acho que você deveria voltar para casa e esquecer este rapaz. ” Ele encontrará uma maneira de viver por si mesmo”. Neste momento, o filho desligou o telefone. Os pais não ouviram mais nenhuma palavra dele. Dias depois, eles receberam um telefonema da policia. O filho havia morrido depois de ter caído de um prédio. A polícia acreditava em suicídio. Os pais, angustiados, voaram até a cidade em que o filho estava e foram levados ao necrotério a fim de identificar o corpo. Eles o reconheceram, mas, para seu horror, descobriram algo que desconheciam: o filho tinha apenas um braço e uma perna. Os pais, nesta estória, são como muitos de nós. Achamos fácil amar aqueles que são bonitos ou divertidos, mas, não gostamos das pessoas que nos incomodam ou nos fazem sentir desconfortáveis. De preferência, ficamos longe destas e de outras que não são saudáveis, bonitas ou do nosso nível social e cultural. Mas, há alguém que não nos trata desta maneira. Alguém que nos ama com um amor incondicional, que nos acolhe dentro de uma só família. Deus.
Pedras Grandes
Em uma aula de Filosofia, o Professor queria demonstrar um conceito aos seus alunos. Assim, ele pegou um vaso de boca larga e dentro colocou, primeiramente, algumas pedras grandes. Então perguntou a classe: Está cheio? Pelo que viam, o vaso estava repleto, por isso, todos os alunos, responderam: Sim!…. O professor então pegou um balde com pedras pequenas e virou dentro do vaso. As pedrinhas se alojaram nos espaços entre as pedras grandes. Então ele perguntou aos alunos: - E agora, esta cheio? Desta vez, alguns estavam hesitantes, mas ainda assim, a maioria respondeu: Sim! Continuando, o professor derramou uma lata de areia dentro do vaso. A areia preencheu os espaços entre as pedras e as pedrinhas. E, pela terceira vez, o professor perguntou: Então, está cheio? Agora, a maioria dos alunos estavam receosos, mas, novamente muitos responderam: Sim! Finalmente, o professor pegou um jarro com água e despejou-o dentro do vaso. A água encharcou e saturou a areia. Neste ponto, o professor perguntou para a classe: - Qual o objetivo desta demonstração? Um dos melhores alunos levantou a mão e respondeu: - Não importa quanto a agenda da vida de alguém esteja cheia, ele sempre conseguirá espremer dentro, mais coisas! - Não exatamente! Respondeu o professor. - O ponto é o seguinte: A menos que você, em primeiro lugar, coloque as pedras grandes dentro do vaso, nunca mais conseguirá colocá-las lá dentro. Vamos! Experimente, disse o professor ao aluno, entregando-lhe outro vaso igual ao primeiro, com a mesma quantidade de pedras grandes, de pedregulhos, de areia e de água. O aluno, começou a experiência, colocando a água, depois a areia, depois as pedrinhas e por último, tentou colocar as pedras grandes. Verificou, surpreso, que elas não couberam no vaso. Ele já estava repleto com as coisas menores. Então, o professor explicou para o rapaz: - As pedras grandes são as coisas realmente importantes de sua vida: seu crescimento pessoal e espiritual. Quando você dá prioridade a isso e mantém-se "aberto" para o novo, as demais coisas se ajustarão por si só: seus relacionamentos, família, amigos, suas obrigações, profissão, afazeres, seus bens e direitos materiais e todas as demais coisas menores que completam a vida. Mas, se você preencher sua vida somente com as coisas pequenas, então aquelas que são realmente importantes, nunca terão espaço em sua vida. Recomeçar é uma boa sugestão. Esvazie seus vasos mental, e emocional e comece a preenchê-los com as pedras grandes.
O Anjo
Há muitos anos, vivia um homem que era capaz de amar e perdoar a todos que encontrava em seu caminho. Por causa disso Deus enviou um anjo para conversar com ele. – “Deus pediu que eu viesse visitá-lo, e dizer que Ele quer recompensá-lo por sua bondade” – disse o anjo. – “Qualquer graça que desejar, lhe será concedida. Você gostaria de ter o dom de curar?”… “De maneira nenhuma” – respondeu o homem. – “Prefiro que o próprio Deus selecione aqueles que devem ser curados”. “E que tal trazer os pecadores para o caminho da Verdade?” “Isso é uma tarefa de anjos como você. Eu não quero ser venerado por ninguém e ficar servindo de exemplo o tempo todo”. “Eu não posso voltar para o céu sem ter lhe concedido um milagre. Se não escolher, será obrigado a aceitar um”. O homem refletiu um pouco, e terminou respondendo: “Então, eu desejo que o Bem seja feito por meu intermédio, mas sem que ninguém perceba - nem eu mesmo, que poderei pecar por vaidade”. E o anjo fez com que a sombra daquele homem tivesse o poder de curar, mas só quando o sol estivesse batendo em seu rosto. Desta maneira, por onde passasse, os doentes eram curados, a terra voltava a ser fértil e as pessoas tristes recuperavam a alegria. O homem caminhou muitos anos pela Terra, sem jamais dar-se conta dos milagres que realizava, porque quando estava de frente para o sol, a sombra estava sempre nas suas costas. Desta maneira, pode viver e morrer sem ter consciência da própria santidade.
Avental Azul
Dia desses, um menino perguntou à sua mãe: Mãe! Os anjos existem? Eu nunca os vi. Claro que existem meu querido, responde ela cheia de amor. Ha é? Então vou caminhar lá na estrada até encontrar um anjo. É uma boa idéia meu filho…lhe farei companhia! Mas você anda muito devagar argumentou o garoto. Você tem um pé aleijado. A mãe insistiu que o acompanharia. Afinal, ela poderia tentar andar mais depressa ¾ pensava. ¾ Lá foram eles, o menino saltitando e correndo e a mãe, atrás, mancando. De repente, uma enorme limusine branca, com um motorista de chapéu e terno preto, parou próximo deles para pedir informações. Dentro dela, uma linda dama , envolta em veludos e sedas, com plumas brancas no chapéu preto. As jóias eram tão brilhantes que reluziam ao sol. Ele correu ao lado do enorme carro e perguntou à senhora: Você é um anjo? Ela nem respondeu. Resmungou alguma coisa ao motorista que acelerou sumindo na poeira da estrada. Com os olhos e a boca cheios de pó, esfregou os olhos e tossiu bastante. Então, sua mãe limpou seu rosto com delicadeza, usando seu avental de algodão azul. Ela não era um anjo, era? mamãe! Com certeza não, mas um dia poderá se tornar um, respondeu a mãe. Mais adiante, uma jovem belíssima, olhos azuis como estrelas, vestido branco e esvoaçante, brincou com o menino e ele lhe perguntou: Você é um anjo? Ela ergueu o pequeno em seus braços e falou feliz: Uma pessoa me disse ontem à noite que eu era um anjo. Enquanto o acariciava e o beijava, ela viu seu namorado chegando. Mais que depressa, colocou o garoto no chão. …Tudo foi tão rápido que ele não conseguiu se firmar e caiu. Veja! você sujou meu vestido branco, seu monstrinho! Disse ela, enquanto corria ao encontro de seu amado. O menino ficou no chão, chorando, até que sua mãe, lhe enxugou as lágrimas com seu avental de algodão azul. Ela também não era um anjo, era? mamãe! . O garoto abraçou o pescoço da mãe e disse estar cansado. Você me carrega? É claro meu filho, foi para isso que eu vim. Com o precioso fardo nos braços, a mãe foi mancando pelo caminho, cantando a música que ele mais gostava. Então o menino abraçou-a com força e lhe perguntou: Mãe, você não é um anjo? A mãe sorriu e respondeu mansinho: Imagine!!!.. nenhum anjo usaria um avental de algodão azul como o meu... Anjos são todos os que na Terra se tornam guardiões de seu semelhante. São mães, pais, companheiro(a)s, filhos, irmãos, amigos e almas caridosas que renunciam de si próprio, de suas vidas, em benefício do próximo. Às vezes, podem estar do nosso lado e não percebemos.
Esqueceram de Mim
Era uma vez, em uma cidade muito pequena onde todos se conheciam, um jovem simpático, trabalhador, meigo, muito simples e humilde, educado e carinhoso com todos os habitantes. A todos ele ajudava, apesar do seu trabalho, e de um enorme esforço pessoal para estudar, pois não havia escola, mas ele sempre conseguia tempo para conversar, ajudar no que fosse possível e também sempre tinha uma palavra de alento para aqueles que se diziam desanimados ou doentes. A cidade foi aos poucos crescendo, nosso jovem, querido por todos, tornou-se doutor, estudando na capital. De volta ao lar, continuou amado e querido, ainda mais que muito trabalhava cuidando de enfermos do corpo e do espírito. Pouco recebia, porque os habitantes também eram muito pobres. Mas ele era muito feliz, porque distribuía felicidade. Um dia, nosso doutor, recebe uma herança, aplica o dinheiro em sua cidade, empresta a todos sem preocupação de juros ou mesmo com o recebimento do empréstimo, gostava de ver as pessoas progredindo, crescendo, dando empregos. Até a saúde das pessoas melhorava. E ele, o mesmo doutor, abnegado sempre, continuava em sua lida diária, atendendo aos necessitados de saúde e de palavras de carinho e ânimo. Mas o tempo passa. Nosso doutor, agora um velhinho, já não atende mais a pacientes, embora ainda tivesse muito a dar de experiência e atenção, os habitantes já tinham uma moderna clínica onde poderiam se tratar com métodos modernos. E assim, mais um ano se aproximava do fim, e nosso amigo, vez por outra era lembrado pelos mais velhos, vivia só e com dificuldades em razão da parca aposentadoria. Entretanto, ainda era feliz, pois, embora já não recebesse visitas, amava a todos e também aquela cidade, onde muitos nasceram por suas mãos. O natal chegara, no clube da cidade, onde todos se reuniam, senhoras e senhores, faziam planos para a organização dos festejos de final de ano ..”Todos os anos escolhemos um motivo para a decoração e para a razão principal das festas. O que faremos este ano?”...Perguntou o presidente do clube aos senhores do conselho. Houveram muitas sugestões, mas todas já reprisadas, precisamos encontrar um “motivo”, diziam todos. Mas qual?…Alguém então, lembrou-se:..”que tal homenagear o doutor? soube que é seu aniversario”... ...”ex-doutor, riu alguém”.... “é uma idéia, por que não?”... “é nossa história”..., votaram, e o doutor recebeu cem por cento dos votos. Começaram então os preparativos, todos empenhados, muitas compras, sorteio de amigo oculto, presentes para todos, comida com fartura, bebidas sem limite, todo o clube, requintadamente enfeitado para a grandiosa festa. Toda a população era sócia do clube, exceto o doutor e todos se preparavam com esmero, roupas novas, sem dúvida, tudo do melhor. Haveria de ser inesquecível aquele ano. E chega então o grande dia, fogos de artificio, muitas luzes, todos radiantes e felizes, muita confraternização, comida e bebida posta com fartura, muita música a todo o volume, todos dançavam e se divertiam. Lá fora, nosso doutor, olhava à distância … gotas de chuva misturavam-se com suas lágrimas, lágrimas felizes. Estava feliz, pois todo aquele povo que ele amava estava feliz. E, sorrindo humilde pensava, “esqueceram de me convidar, mas não importa, estão felizes, preparam tudo, tiveram tanto trabalho, é natural que não se lembrassem de mim. Não importa, importa que estão felizes, Deus os abençoe, meu povo”. Neste Natal, não esqueça você também de convidar o aniversariante, nosso Mestre, Jesus Cristo.
Pronta Para Nascer
Ela estava pronta para nascer… e, preocupada, perguntou a Deus: …”disseram-me que estarei sendo enviada à Terra amanhã! …Como vou viver lá, sendo que sou pequena e indefesa?”…E Deus disse: …entre muitos anjos, escolhi um especial para você. Estará lhe esperando e tomará conta de você… “mas me diga Deus,… aqui no céu eu não faço nada além de sorrir e cantar, o que é suficiente para que eu seja feliz…lá eu também serei feliz?”…na Terra, seu anjo cantará e sorrirá para você todos os dias, a cada instante você sentirá o amor do seu anjo e será feliz. “Como poderei entender quando falarem comigo, se eu não conheço a língua que as pessoas falam?”… com muita paciência e carinho, seu anjo lhe ensinará a falar. “E o que farei quando sentir saudade e quiser falar com Você”?… Seu anjo juntará suas mãos e lhe ensinará a orar. “Eu ouvi que na Terra há homens maus. Quem vai me proteger?”…Seu anjo lhe defenderá mesmo que signifique arriscar sua própria vida. “Mas eu serei sempre triste porque eu não Te verei mais!” Seu anjo sempre lhe falará sobre Mim, lhe ensinará a maneira de vir a Mim, e Eu estarei sempre dentro de você…nesse momento, podia se ouvir a paz no céu e as vozes da Terra… a criança, apressada, pediu suavemente: “meu Deus, se é este o momento de ir, diga-me por favor, o nome do meu anjo”…você chamará seu anjo de mãe.
Loja de Deus
Ao entrar em uma loja, surpreendido vi um anjo atendendo ao balcão. Entre espantado e curioso, perguntei-lhe: O que vendes, anjo? Todos os dons de Deus. Custa caro? Não. Tudo que fornecemos é gratuito. Apressadamente, fiz o meu pedido: Quero muito amor, todo o perdão e a salvação Dele para mim e a minha e família. Recebi então um embrulho tão pequeno que cabia na palma da minha mão. Perguntei-lhe então: Como é possível todos os meus pedidos estarem aqui? Querido irmão, na loja de Deus não fornecemos frutos. Apenas as sementes…
Meio Ambiente
Foi lá pelos lados do Oriente Médio que um jovem chegou à um oásis onde havia um pequeno povoado. Viu um velho, aproximou-se e perguntou-lhe: - Que tipo de pessoa vive neste lugar? - Que tipo de pessoa vivia no lugar de onde você vem? Perguntou por sua vez o ancião. - Ah!… egoístas e malvados - replicou o rapaz - estou satisfeito de haver saído de lá. - A mesma coisa você haverá de encontrar por aqui. No mesmo dia, um outro jovem se acercou do oásis para beber água e vendo o ancião perguntou-lhe: - Que tipo de pessoa vive aqui? O velho respondeu com a mesma pergunta: -Que tipo de pessoa vive no lugar de onde você vem? O rapaz respondeu: - Um magnifico grupo de pessoas, amigas, honestas, hospitaleiras. Fiquei muito triste por ter de deixá-las. - O mesmo encontrará por aqui - respondeu o ancião. Um homem que havia escutado as duas conversas perguntou ao velho: - Como é possível dar a mesma resposta para perguntas cujas afirmações foram tão diferentes? Ao que o velho respondeu: - Cada um carrega no seu coração o meio ambiente em que vive. Aquele que nada encontrou de bom nos lugares por onde passou, não poderá encontrar outra coisa por aqui. Aquele que encontrou amigos ali, também encontrará aqui, porque, na verdade a nossa atitude interior é a única coisa na nossa vida sobre a qual podemos manter controle absoluto.
Obrigado Meu Filho
Foi lá em Colón, pequeno vilarejo, tipicamente agrícola, distante duas horas de Tegucigalpa capital de Honduras na América Central, que o sr. Edgardo e a esposa Violeta, trabalhavam duro na lavoura, comprando, anualmente, com as parcas economias, mais um pedacinho de terra. E são justamente nestes filhos humildes e tenazes que Deus deposita sua maior confiança, entregando-lhes generosa prole para educar. Chegou o primeiro, Sebastian, muitas alegrias, chegou o segundo, Alfredo … Violeta começa a preocupar-se com o que por na mesa… Mas, Edgardo, fé inabalável, dizia sempre: “onde comem, dois, comem três, onde comem três, comem quatro”…e assim, chegaram, Luiz, Henriques, Oscar e Pablito…”onde comem tantos, um a mais não fará diferença”… e trabalhava duro, sol a sol, Violeta já não podia ajudar na terra, mas Edgardo com sua disposição de ânimo colocava sempre o imprescindível em casa e ainda, apesar das crescentes despesas, prosperava, pois nos pequenos descansos que a terra permitia, fazia móveis rústicos e vendia-os na feira de artesanato na capital. Apesar de tantos filhos, todos saudáveis, Violeta ressentia de não ter realizado o sonho de ter gerado uma menina que poderia ter sido sua companhia e ajudante nos afazeres domésticos. Mas Deus em suas estranhas linhas, escreve mais uma página e eis que os vizinhos bem chegados, amigos de longa data, falecem em uma acidente deixando o pequeno Noel à merce da própria sorte. Edgardo e Violeta, conseguiram a adoção e a propriedade agrícola que por direito pertencia a Noel. Mais uma vez, a preocupação aflorava em Violeta… “o Senhor é nosso pastor. Nada nos faltará” desanuviava Edgardo como uma rocha polida por mãos divinas. Assim se passaram os anos. Todos os meninos, herdeiros de boa educação, saudáveis, estudiosos, amorosos como a mãe e trabalhadores como o pai, chegaram à universidade, sempre amparados pelas mãos calosas e milagrosas do pai que como o “milagre dos pães” fazia multiplicar os recursos de seu árduo trabalho. Violeta, acometida de mal súbito, vai ao encontro do Pai celestial, não participa das festas de formaturas e casamentos. “Todos casados e encaminhados na vida, vivendo a vida, prosperando e evoluindo”… meditava Edgardo, ainda semeando e martelando. Graças a Deus. Mas o tempo passa, os cabelos se tornaram neve e o tronco, antes erecto como um pé de eucalipto, se curva sob o peso da árdua jornada. Os olhos e o sorriso ternos, permaneciam intocados, … chega a doença, as propriedades foram vendidas e distribuídas pelos filhos para início da vida. Nada resta a Edgardo para a sobrevivência, agora impossibilitado de sustentar-se. Os filhos queridos, doutores, infelizmente não tinham tempo para o pai. … que também fazia questão, não por orgulho, mas por acreditar que poderia ser um transtorno na vida profissional dos filhos, nunca pediu amparo. Então, Deus, escreve a última página… um dos filhos vai visitar o pai. Com três filhos e dedicada esposa, se consterna com a situação de Edgardo…”Pai, você sabe que não consegui me formar, trabalho como mecânico e não tenho casa grande e bonita como meus irmãos, mas, se você quiser morar conosco, tenho certeza que seremos muito felizes… e você sabe … onde comem muitos, mais um não fará diferença” … sorriu! “Obrigado Noel” …
Informações
Quando eu era criança, meu pai comprou um dos primeiros telefones da vizinhança. Lembro-me bem daquela velha caixa preta, bem polida, afixada à parede. O receptor brilhante pendia ao lado. Eu ainda era muito pequeno para alcançá-lo, mas gostava de ouvir e ver minha mãe usando aquela maravilha … ficava fascinado! Então, descobri que em algum lugar dentro daquele curioso aparelho existia uma pessoa maravilhosa, e o nome dela era "Informação, por favor!" E não havia coisa alguma que ela não soubesse. "Informação, por favor!" poderia fornecer o número de qualquer pessoa e até a hora certa. Minha primeira experiência pessoal com esse "gênio da lâmpada" aconteceu em um dia em que minha mãe foi à casa de um vizinho. Divertia-me brincando com a caixa de ferramentas quando machuquei meu polegar com o martelo. A dor foi horrível, mas não parecia haver qualquer razão para chorar, porque eu estava sozinho em casa e não tinha ninguém para me consolar. Comecei a andar de um lado para outro chupando meu dedão que pulsava vermelho com a dor, daí, lembrei-me: o telefone! Rapidamente empurrei uma cadeira até a parede, subi, desenganchei o receptor, segurei-o próximo ao ouvido, como via minha mãe fazer, e disse "Informação, por favor!". Alguns segundos depois, uma voz suave e bem clara falou ao meu ouvido: "Informações!". Então, choramingando, eu disse: "Eu machuquei o meu dedo”… Agora que eu tinha platéia, as lágrimas começaram a rolar..."Sua mãe não está em casa?", perguntou. "Não estou sozinho". "Você está sangrando?"…"Não, Eu machuquei o meu dedão com o martelo e está doendo muito!" E a voz suave continuava…"Você pode ir até a geladeira?" “Sim”, e ela, com muita calma…"Então, pegue uma pedra de gelo e fique segurando firme sobre o dedo." E a coisa funcionou!…Depois daquele dia, eu chamava "Informação, por favor" pra qualquer coisa. Pedia ajuda nas tarefas de geografia e ela me dizia como localizar Filadélfia no mapa. Ajudava-me nas tarefas de matemática, me orientou sobre qual tipo de comida eu poderia dar ao filhote de esquilo que peguei no parque... Houve também o dia em que Petey, nosso canário morreu. Eu chamei "Informação, por favor" e contei-lhe a triste estória. Ela ouviu atentamente, então falou-me palavras de conforto que os adultos costumam dizer para as crianças, mas naquele dia estava inconsolável e perguntei-lhe: "Por que é que os passarinhos cantam de maneira tão bela, dão tantas alegria com sua beleza para tantas famílias e terminam suas vidas como um monte de penas numa gaiola?" Ela deve ter sentido minha profunda tristeza. "Paul, lembre-se sempre de que existem outros mundos onde se pode cantar!" Não sei porquê, mas me senti bem melhor. Numa outra ocasião, eu estava ao telefone: "Informação, por favor". "Informações!" disse a já familiar e suave voz. "Como se soletra a palavra consertar?"…Tudo isso aconteceu numa pequena cidade da costa oeste dos Estados Unidos. Quando eu estava com nove anos, nos mudamos para Boston, na costa leste. Eu senti muitas saudades da minha voz amiga! "Informação, por favor" mas eu nunca pensei em tentar a mesma experiência com o novo telefone, diferente, que ficava sobre a mesa, na sala de nossa nova casa. Mesmo já na adolescência, as lembranças daquelas conversas de infância com aquela suave e atenciosa voz nunca saíram de minha cabeça. Com certa freqüência, em momentos de dúvidas e perplexidade, eu me lembrava daquele sentimento sereno de segurança que me era transmitido pela voz amiga que gastou tanto tempo com um simples menininho. Anos mais tarde, quando eu viajava para a costa oeste a fim de iniciar meus estudos universitários, o avião pousou em Seattle, região onde eu morava quando criança. Eu tinha cerca de meia hora até que o outro avião decolasse. Passei então uns quinze minutos ao telefone, conversando com minha irmã que na época ainda morava lá. Então, sem pensar no que estava exatamente fazendo, eu disquei para a telefonista e disse: "Informação, por favor". De um modo milagroso, eu ouvi a suave e clara voz que eu tão bem conhecia! "Informações!." Eu não havia planejado isso, mas ouvi a mim mesmo dizendo: "Você poderia me dizer como se soletra a palavra consertar?" Houve uma longa pausa. Então ouvi a tão suave e atenciosa voz responder: "Espero que seu dedo já esteja bem agora!" Eu ri satisfeito e disse: "Então, ainda é realmente você? Eu fico pensando se você tem a mínima idéia do quanto você significou para mim durante todo aquele tempo de minha infância!"… "E eu fico imaginando se você sabe o quanto foram importantes para mim as suas ligações!…"Eu nunca tive filhos e ficava aguardando ansiosamente por suas perguntas. Lhe disse ainda que muito freqüentemente, durante todos esses anos, pensava nela e perguntei-lhe se poderia telefonar-lhe novamente” "Por favor, telefone sim! É só chamar por Sally". Três meses depois voltei a Seattle. Uma voz diferente atendeu: "Informações!". Perguntei por Sally. "Você é um amigo?" "Sim, um velho amigo". "Sinto muito em dizer-lhe isto, mas Sally esteve trabalhando só meio período nos últimos anos porque estava adoentada. Ela morreu há um mês." E, antes que eu desligasse … "Espere um pouco. Seu nome é Paul?" "Sim" "Bem, Sally deixou uma mensagem para você. Ela deixou escrita caso você ligasse. Deixe-me ler para você"… "Diga pra ele que eu ainda continuo dizendo que existem outros mundos onde podemos cantar. Ele vai entender o que eu quero dizer". Eu agradeci emocionado e muito tristemente desliguei. Sim, eu sabia muito bem o que Sally queria dizer…
Céu e Inferno
Um homem, seu cavalo e seu cão, caminhavam por uma estrada. Depois de muito caminhar, esse homem se deu conta de que ele, seu cavalo e seu cão haviam morrido num acidente. Às vezes os mortos levam tempo para perceber sua nova condição... A caminhada era muito longa, morro acima, o sol era forte e eles ficaram suados e com muita sede. Precisavam desesperadamente de água. Numa curva do caminho, avistaram um portão magnífico, todo de mármore, que conduzia a uma praça calçada com blocos de ouro, no centro da qual havia uma fonte de onde jorrava água cristalina. O caminhante dirigiu-se ao porteiro que numa guarita, guardava a entrada. Bom dia, ele disse. Bom dia, ... Que lugar é este, tão lindo? Perguntou. Aqui é o céu, foi a resposta.. Que bom que nós chegamos ao céu, estamos com muita sede… O senhor pode entrar e beber água à vontade, disse o guarda, indicando-lhe a fonte. Meu cavalo e meu cachorro também estão com sede. Lamento muito, disse o guarda. Aqui não se permite a entrada de animais. O homem ficou muito desapontado porque sua sede era grande. Mas ele não beberia, deixando seus amigos com sede. Assim, prosseguiu seu caminho. Depois de muito caminharem morro acima, com sede e cansaço multiplicados, ele chegou a um sítio, cuja entrada era marcada por uma porteira velha semi aberta. A porteira se abria para um caminho de terra, com árvores dos dois lados que lhe faziam sombra. À sombra de uma das árvores, um homem estava deitado, cabeça coberta com um chapéu, parecia que estava dormindo. Bom dia… Estamos com muita sede, eu, meu cavalo e meu cachorro. Há uma fonte naquelas pedras, disse indicando o lugar. Podem beber a vontade. O homem, o cavalo e o cachorro foram até a fonte e saciaram a sede. Muito obrigado, disse ao sair. Voltem quando quiserem. A propósito, disse o caminhante, qual é o nome deste lugar? Céu, respondeu o homem. Céu? …Mas o homem na guarita ao lado do portão de mármore disse que lá era o céu! Aquilo não é o céu, aquilo é o inferno. ……O caminhante ficou perplexo. Mas então, disse ele, essa informação falsa deve causar grandes confusões. De forma alguma, respondeu o homem. Na verdade, eles nos fazem um grande favor. Porque lá ficam aqueles que são capazes de abandonar seus melhores amigos...
Oportunidades
Tudo na vida é uma questão de oportunidades! Uma barreira para você pode ser uma grande oportunidade para alguém. Uma determinada indústria de calçados, desenvolveu um projeto de exportação de sapatos para a Índia. Em seguida, mandou dois de seus consultores a pontos diferentes do País para fazer as primeiras observações do potencial daquele futuro mercado. Após alguns dias de pesquisas, um dos consultores enviou seguinte fax para a direção da indústria: "Senhores, cancelem o projeto de exportação de sapatos para a Índia. Aqui ninguém usa sapatos” O segundo consultor, sem saber do fax do primeiro consultor, alguns dias depois mandou o seu: "Senhores, tripliquem o projeto da exportação de sapatos para a Índia. Aqui ninguém usa sapatos ainda." A mesma situação era um tremendo obstáculo para um dos consultores e uma fantástica oportunidade para outro. Da mesma forma, tudo na vida pode ser visto com enfoques e maneiras diferentes. A sabedoria popular traduz essa situação com a seguinte frase: "Os tristes acham que o vento geme; os alegres e cheios de espírito afirmam que ele canta." O mundo é como um espelho que devolve a cada pessoa o reflexo de seus próprios pensamentos. A maneira como você encara a vida faz toda a diferença.
Três Árvores
Haviam, no alto de uma montanha, três pequenas árvores que sonhavam sobre o que seriam depois de grandes. A primeira, olhando as estrelas, sonhava: "eu quero ser o baú mais precioso do mundo, cheio de tesouros. Para tal me disponho a ser cortada." A segunda, admirava o riacho e suspirava: "eu quero ser um grande navio, para transportar reis e rainhas." A terceira, ouvia o murmúrio das amigas, olhava para o vale e dizia: "quero ficar aqui, no alto da montanha, e crescer tanto que as pessoas, ao olharem para mim, levantem seus olhos e pensem em Deus" Anos se passaram. Três lenhadores, nada ecológicos, vieram e cortaram as três árvores ansiosas por serem transformadas naquilo em que sonhavam. Mas lenhadores não costumam ouvir nem entender de sonhos... Que pena! A primeira árvore acabou sendo transformada em um cocho de feno para animais. A segunda, em um simples e pequeno barco de pesca, transportando pessoas e peixes todos os dias. E a terceira, mesmo sonhando ficar no alto da montanha, terminou em grossas vigas armazenada ao lado de um depósito. E as três se perguntaram desiludidas e tristes: "Por que isto?" … Certa noite, sob a luz das estrelas e uma suave melodia cantada pela brisa, uma jovem mulher colocou seu bebe recém nascido naquele cocho de animais. E, de repente, a primeira árvore percebeu que continha o maior tesouro do mundo. A segunda árvore, anos mais tarde, transportou um homem, que dormia. Após a tempestade que quase afundou o pequeno barco, este homem levantou-se e disse: "Paz!". E, num relance, a segunda árvore entendeu que estava carregando o Rei do céu e da terra. Tempos mais tarde a terceira árvore espantou-se quando suas vigas foram unidas em forma de cruz e um homem foi pregado nela. Sentiu-se horrível e cruel. No Domingo seguinte o mundo vibrou de alegria. E a terceira árvore entendeu que nela havia sido pregado um homem para a salvar a humanidade. E que as pessoas sempre se lembrariam de Deus e de seu filho Jesus Cristo, ao olharem para ela. As árvores haviam tido sonhos ... mas a realização desses sonhos foram mil vezes melhor e mais sábios do que haviam imaginado.
O Violino do Amor
Numa tarde muito quente, um pobre paralítico sentou-se, como habitualmente fazia, num dos bancos de uma praça em Viena, Áustria, para esmolar. Para atrair os transeuntes, ele tocava um velho violino. Tinha esperanças no efeito da sua música sobre os corações mais generosos. O seu cão, fiel companheiro e amigo inseparável, segurava na boca uma cestinha velha de vime, para que ali fossem depositadas as esmolas. Naquela tarde, entretanto, nem uma moeda. Sem dar a mínima atenção ao pobre aleijado, o público passava de um lado para outro apressado e distraído. Ninguém parecia ouvir os seus acordes e muito menos se apercebiam da sua presença ali na praça. Esta situação fazia aumentar ainda mais a infelicidade do pobre paralítico, que tanto carecia das esmolas para a sua sobrevivência. De súbito, ao lado do deficiente postou-se um cavalheiro bem vestido, que o olhou com compaixão. Vendo o infeliz pousar o instrumento, já cansado e desanimado, reparando ainda nas grossas lágrimas que lhe rolavam pelas faces, aproximou-se um pouco mais e, colocando uma moeda em sua mão, pediu-lhe licença para tocar no seu violino. Ajustou as cordas, preparou o arco e pôs-se a tocar. O público, agora atraído pela maviosidade da música, começou a aproximar-se. O pequeno aglomerado se tornou uma multidão. As moedas foram enchendo de tal maneira a pequena cesta, que o cão já não podia sustentar o peso na boca. O povo, não só apreciava a música, mas muito mais admirava o gesto do artista. Este, depois de haver tocado uma melodia que foi cantada pelo público, entusiasticamente, depositou o instrumento nos joelhos do paralítico, agora feliz, e desapareceu sem dar tempo a que lhe agradecesse ou fizesse qualquer pergunta. Mas a indagação ficou: - Quem é este homem que tão bem sabe tocar? - foi a pergunta que se ouviu de todos os lados. A curiosidade tomou conta do povo. O paralítico também estava curioso, além de extremamente agradecido. De repente, do meio da multidão, alguém informou com conhecimento: -Esse homem é Armando Boucher, o célebre violinista que só toca nos grandes concertos, mas hoje, parece haver também colocado a sua arte ao serviço do amor. Esse gesto tão singular, raramente imitado, foi, sem dúvida, uma perfeita demonstração de amor ao próximo!
Anos 60
…noite chuvosa, estado do Alabama, Estados Unidos. Uma senhora negra, debaixo de um tremendo temporal, pedia agoniada carona ao lado de seu carro enguiçado. Ela precisava desesperadamente de ajuda. Completamente molhada, ela acenava para os carros, que passavam sem consideração. Após angustiantes minutos, um jovem branco, parecendo não considerar os acontecimentos e conflitos raciais da época, parou. Levou-a a um lugar seguro, procurou ajuda mecânica e chamou um táxi. Ela parecia estar realmente com muita pressa, mas conseguiu anotar o endereço do rapaz e agradecê-lo. Sete dias se passaram quando bateram à porta da casa do rapaz. Para sua surpresa, uma enorme televisão colorida -caríssima naquele tempo- foi-lhe entregue com um bilhete que dizia: "Muito obrigada por me ajudar na naquela noite. A chuva não só tinha encharcado minhas roupas mas também meu espírito. Aí, você apareceu. Por sua causa eu consegui chegar ao leito de meu marido antes que ele falecesse. Deus o abençoe. Sinceramente, Senhora Nat King Cole.
Vinhos
Nos Alpes Italianos existia um pequeno vilarejo que se dedicava ao cultivo de uvas para produção de vinho. Uma vez por ano, lá ocorria uma festa para comemorar o sucesso da colheita. A tradição exigia que nesta festa, cada morador do vilarejo trouxesse uma garrafa do seu melhor vinho, para colocar dentro de um grande barril que ficava na praça central. Entretanto, um dos moradores pensou: "Porque deverei levar uma garrafa do meu mais puro vinho? Levarei uma de água, pois no meio de tanto vinho o meu não fará falta." Assim pensou e assim fez. No auge dos acontecimentos, como era de costume, todos se reuniam na praça, cada um com sua caneca, para pegar uma porção daquele vinho, cuja fama se estendia além das fronteiras do país. Contudo, ao abrir a torneira do barril, um silêncio tomou conta da multidão. Daquele barril apenas saiu água. Como isto aconteceu? Foi porque que todos pensaram como aquele morador: "A ausência da minha parte não fará falta." Nós somos muitas vezes conduzidos a pensar: "Tantas pessoas existem neste mundo que se eu não fizer a minha parte isto não terá importância." O que aconteceria com o mundo se todos pensassem assim?
Lenda Judaica
Deus convidou um Rabino para conhecer o céu e o inferno. Ao abrirem a porta do inferno, viram uma sala em cujo centro havia um caldeirão onde se cozinhava uma suculenta sopa. Em volta, estavam sentadas pessoas famintas e desesperadas. Cada uma delas segurava uma colher de cabo tão comprido que lhes permitia alcançar o caldeirão, mas não suas próprias bocas. O sofrimento era imenso. Em seguida, Deus levou o Rabino para conhecer o céu. Entraram em uma sala idêntica à primeira, o mesmo caldeirão, as pessoas em volta e as colheres de cabo comprido. A diferença é que todos estavam saciados. - Eu não compreendo, disse o Rabino, por que aqui as pessoas estão felizes, enquanto na outra sala todos passam fome e aflição, se é tudo igual? Deus sorriu e respondeu: Você não percebeu? É porque aqui eles aprenderam a dar comida uns aos outros...
Todos Juntos
Nas Olimpíadas especiais de Seattle, nove participantes, todos com deficiência mental ou física, alinharam-se para a largada da corrida dos 100 metros rasos. Ao sinal, todos partiram, não exatamente em disparada, mas com vontade de dar o melhor de si, terminar a corrida e ganhar. Todos, com exceção de um garoto, que tropeçou no asfalto, caiu rolando e começou a chorar. Os outros oito ouviram o choro. Diminuíram o passo e olharam para trás. Então eles viraram e voltaram. Todos eles. Uma das meninas, com Síndrome de Down, ajoelhou, deu um beijo no garoto e disse: "pronto, agora vai sarar". E todos os nove competidores deram os braços e andaram juntos até a linha de chegada. O estádio inteiro levantou e os aplausos duraram muitos minutos. E as pessoas que estavam ali, naquele dia, continuam repetindo essa história até hoje. Por que? Porque, lá no fundo, nós sabemos que o que importa nesta vida é mais do que ganhar sozinho. O que importa é ajudar os outros a vencer, mesmo que isso signifique diminuir o passo e mudar de curso.
Afastando Fantasmas
Durante anos, ele tentou, inutilmente, despertar o amor daquela que acreditava ser a mulher de sua vida. Mas o destino é irônico, no mesmo dia em que ela finalmente o aceitou como futuro marido, também descobriu que estava com uma doença incurável e não deveria viver por muito tempo. Seis meses depois, já à beira da morte, ela pediu: "Você vai me prometer uma coisa: jamais se apaixonará de novo. Pois se o fizer, voltarei todas as noites para assombrá-lo". E fechou os olhos para sempre. Durante muitos meses, ele evitou aproximar-se de outras mulheres, mas o destino continuou irônico, e ele descobriu um novo amor. Quando preparava para se casar, o fantasma da ex-amada cumpriu sua promessa e apareceu. "Você está me traindo”…. Durante anos eu lhe entreguei o meu coração e você não me correspondia", respondeu ele. "Não acha que mereço uma segunda chance de ser feliz?" Mas o fantasma da ex-amada não quis saber de desculpas e, todas as noites, vinha assustá-lo. Contava em detalhes o que tinha acontecido durante o dia, que palavras de amor ele dissera à sua noiva, quantos beijos e abraços haviam trocado. Ele já não podia mais dormir e foi procurar o mestre Zen. "É um fantasma muito esperto", disse Zen. "Ela sabe tudo, nos menores detalhes! E já está levando o meu noivado ao fim porque não consigo dormir, e, nos momentos em que estou com minha amada, fico constrangido". "Vamos afastar este fantasma", garantiu Zen. Naquela noite, quando o fantasma retornou, Ele interrompeu-o antes que dissesse a primeira frase. "Você é um fantasma tão sábio, que vamos fazer um trato. Como você me vigia todo o tempo, vou perguntar algo que fiz hoje. Se acertar, eu largo minha noiva e nunca mais terei mulher alguma. Se errar, você me promete não tornar a aparecer, sob pena de ser condenada pelos deuses a vagar para sempre na escuridão". "De acordo", respondeu o fantasma, confiante. "Esta tarde, eu estava na mercearia e, em determinado momento, peguei um punhado de grãos de trigo de dentro de um saco"…. "Eu vi", disse o fantasma. "A pergunta é a seguinte: quantos grãos de trigo eu segurei?" O fantasma, na mesma hora, entendeu que não conseguiria jamais responder a pergunta. Para evitar ser perseguido pelos deuses na escuridão eterna, resolveu desaparecer para sempre. Dois dias depois, ele foi até a casa do mestre Zen. "Vim agradecê-lo". "Aproveite para aprender as lições que fazem parte desta sua experiência ", respondeu o sábio. "Em primeiro lugar, aquele espirito voltava sempre porque você tinha medo. Se quiser afastar uma maldição, não lhe dê nenhuma importância. Segundo, o fantasma tirava proveito de sua sensação de culpa: quando nós nos sentimos culpados, sempre desejamos, inconscientemente, o castigo. E, finalmente, ninguém que realmente o amasse iria obrigá-lo a fazer esse tipo de promessa. Se você quer entender o amor, aprenda a liberdade.
O Que É O Amor?
Em uma sala de aula uma das crianças perguntou à professora: “Professora, o que é o amor?” A professora refletiu e decidiu que o aluno merecia uma resposta à altura daquela inteligente pergunta. Como já estava na hora do recreio, pediu que cada aluno desse uma volta pelo pátio da escola e trouxesse o que mais lhes despertasse o sentimento de amor. Elas saíram apressadas e ao voltarem a professora disse: “Quero que cada um mostre o que trouxe consigo”. A primeira criança disse: “Eu trouxe esta flor, não é linda?” E a segunda: “Eu trouxe esta borboleta. Veja o colorido de suas asas, vou colocá-la em minha coleção”. A terceira completou: “Eu trouxe este filhote de passarinho. Ele havia caído do ninho junto com outro irmão. Não é uma gracinha?” E assim as crianças foram demonstrando, cada uma a seu modo suas conquistas. Terminada a exposição a professora notou que havia uma criança que havia ficado quieta o tempo todo. Ela estava vermelha de vergonha, pois nada havia trazido. A professora foi até ela e perguntou: “Meu bem, porque você nada trouxe?” E a criança timidamente respondeu: “Desculpe professora. Vi a flor e senti o seu perfume, pensei em arrancá-la, mas preferi deixá-la para que seu perfume exalasse por mais tempo. Vi também a borboleta, leve, colorida! Ela parecia tão feliz que não tive coragem de aprisioná-la. Vi também o passarinho caído entre as folhas, mas ao subir na árvore notei o olhar triste de sua mãe e preferi devolvê-lo ao ninho. Portanto professora, trago comigo o perfume da flor, a sensação de liberdade da borboleta e a gratidão que senti nos olhos da mãe do passarinho. Como posso mostrar o que trouxe?” A professora agradeceu e lhe deu nota máxima, pois ela fora a única que percebera que só podemos trazer o amor no coração".
A Janela
Dois homens, seriamente doentes, ocupavam o mesmo quarto em um hospital. Um deles, tinha de sentar na cama por uma hora todas as tardes para conseguir drenar o líquido de seus pulmões. Sua cama ficava próxima da única janela existente no quarto. O outro, tinha de ficar deitado de bruços todo o tempo. Eles conversavam muito. Falavam sobre suas mulheres e suas famílias, suas casas, seus empregos, seu envolvimento com o serviço militar e onde costumavam ir nas férias… Todas as tardes, quando o homem perto da janela podia sentar-se, passava todo o tempo descrevendo ao seu companheiro aquilo que podia ver através da janela. O homem na outra cama começou a esperar por esse período onde seu mundo era ampliado e animado pelas descrições do companheiro. Ele dizia que da janela ele via um parque com um lago bem próximo. Patos e cisnes brincavam na água enquanto as crianças navegavam seus pequenos barcos. Jovens namorados andavam de braços dados no meio das flores e estas possuíam todas as cores do arco-íris. Grandes e velhas árvores cheias de elegância compunham a paisagem. Quando o homem perto da janela fazia suas descrições, ele o fazia de modo primoroso e delicado, com toda a riqueza de detalhes e o outro fechava seus olhos imaginando a cena como uma pintura. Em uma das tardes, o homem perto da janela descreveu que havia um desfile na rua e embora ele não pudesse escutar a música, podia ver e descrever tudo. Dias e semanas se passaram. Em uma manhã a enfermeira de plantão chegou trazendo água para o banho dos doentes mas encontrou um deles morto. O homem que ficava perto da janela morreu pacificamente durante o seu sono à noite. Ela estava entristecida e chamou os atendentes do hospital para levarem o corpo. Assim que julgou conveniente, o outro homem pediu à enfermeira que mudasse sua cama para perto da janela. A enfermeira ficou feliz em poder fazer esse favor, e depois de verificar que ele estava confortável o deixou sozinho no quarto. Vagarosamente, pacientemente, ele se apoiou em seus cotovelos para conseguir olhar pela primeira vez através da janela. Finalmente, ele poderia ver tudo por si próprio. Esticou-se ao máximo, lutando contra a dor para poder ver tudo aquilo sobre o qual ouvira e quando conseguiu fazê-lo, deparou-se com um muro todo branco. Surpreso, perguntou à enfermeira o que teria levado seu companheiro a descrever-lhe coisas tão belas, todos os dias se pela janela só se via um muro branco. A enfermeira respondeu que aquele homem era cego e não poderia ver nada nem mesmo o muro branco…. Dividir problemas e pesares é ter metade de uma aflição, mas felicidade, quando compartilhada é ter o dobro de alegrias.
Visões
Descalça e suja, a pequena menina lá estava, sentada no parque olhando as pessoas passarem. Ela nunca tentava falar, não dizia uma única palavra. As pessoas passavam por ela, mas nenhuma sequer lhe lançava um simples olhar. Ninguém parava, nem eu. Outro dia decidi voltar ao parque curioso para ver se a garota ainda estaria lá. Exatamente no mesmo lugar onde sempre esteve, lá estava empoleirada no alto do banco com o olhar mais triste do mundo. Mas hoje eu não pude simplesmente passar ao largo, preocupado somente com meus afazeres. Ao contrário, eu me vi caminhando ao encontro dela. Pelo que todos sabemos, um parque cheio de pessoas estranhas não é um lugar adequado para crianças brincarem sozinhas. Quando me aproximei, pude ver que as costas do seu vestido indicavam uma deformidade. Concluí que esta era a razão pela qual as pessoas simplesmente passavam e não faziam esforço algum em se importar com ela. Quando cheguei mais perto a menina lentamente baixou os olhos para evitar meu intenso olhar. Pude ver, então, o contorno de suas costas mais claramente. Ela era grotescamente corcunda. Sorri para lhe mostrar que estava bem e que estava lá para ajudar e conversar. Sentei a seu lado e iniciei com um olá. A garota reagiu chocada e balbuciou um "oi" após fixar intensamente meus olhos. Sorri e ela timidamente sorriu de volta. Conversamos até o anoitecer, quando o parque já estava completamente vazio. Todos tinham ido e estávamos sós. Perguntei porque estava tão triste. Ela olhou para mim e me disse: - Porque sou diferente. Eu imediatamente disse sorrindo: - Sim, você é. A menina ficou ainda mais triste dizendo: - Eu sei. Sabe? Você me lembra um anjo, doce e inocente, eu disse. Ela olhou para mim e sorriu. Lentamente, levantou-se e disse: De verdade? Sim, você é um pequeno anjo da guarda mandado para olhar todas estas pessoas que passam por aqui. Ela acenou com a cabeça e disse sorrindo: - Sim. E com isto abriu suas asas e piscando os olhos falou: Eu sou seu anjo da guarda. Eu fiquei sem palavras e certo de que estava tendo visões. Ela finalizou: - Quando você deixou de pensar unicamente em você, meu trabalho aqui foi realizado. Imediatamente levantei-me e disse: Espere, porque então ninguém mais parou para ajudar um anjo? Ela olhou para mim e sorriu: Você foi a única pessoa capaz de me ver. E desapareceu. Com isto minha vida mudou drasticamente. Assim, quando você pensar que está completamente só, lembre-se: Seu anjo está sempre tomando conta de você. O meu estava e ainda está....
Era Uma Vez,
Um sultão que sonhou ter perdido todos os dentes. Logo que despertou, chamou um adivinho para interpretar o sonho. Que desgraça, senhor! exclamou o adivinho. Cada dente caído representa a perda de um parente de vossa majestade. Insolente gritou o sultão, enfurecido. Como te atreves a dizer-me semelhante coisa? E ordenou que lhe dessem cem açoites. O segundo adivinho ouviu o sultão com atenção, e disse-lhe: Excelso senhor! Grande felicidade vos está reservada. O sonho significa que haveis de sobreviver a todos os vossos parentes. A fisionomia do monarca iluminou-se com um sorriso, e ele mandou dar-lhe cem moedas. Quando saía do palácio, um dos cortesãos interpelou-o admirado: Não é possível! A interpretação que você fez foi a mesma de seu colega. Não entendo porque o primeiro foi açoitado e você pago. Lembra-te meu amigo respondeu o adivinho - Tudo depende da maneira de dizer as coisas...
O Piano
Ela sonhava ver seu filho um músico, assim, levou-o a um concerto de um famoso pianista. Sentaram-se, e ela viu uma amiga na platéia e foi até ela. A criança, vendo a oportunidade para explorar as maravilhas daquele enorme teatro, levantou-se, caminhou admirando o ambiente quando entrou por uma porta onde dizia: "Proibido a Entrada". O concerto estava prestes a começar, quando a mãe retornou e entre assustada e espantada, via as cortinas levantando-se e luzes sobre um impressionante piano Steinway no cento do palco e seu filho, sentado ao teclado, inocentemente, catando as notas de uma música infantil. Naquele momento, o pianista fez sua entrada, rapidamente foi até o menino, e sussurrou-lhe no ouvido, "Não pare, continue tocando" e estendeu sua mão esquerda preenchendo a parte do baixo. Em seguida, a mão direita ao redor do menino e acrescentou um belo acompanhamento transformando a simples melodia em um som mavioso. Juntos, o velho mestre e o jovem noviço, fizeram de uma situação embaraçosa uma experiência maravilhosamente criativa. O público estava perplexo. É assim que as coisas acontecem com aqueles que sabem e sabem que sabem, que não se incomodam com o aprendizado primitivo e criam as melhores obras até mesmo feitas por principiantes. O que podemos conseguir por conta própria mal vale mencionar. Fazemos o melhor possível, mas os resultados não são exatamente como uma música graciosamente fluída. Mas, com as mãos do Mestre, as obras de nossas vidas verdadeiramente podem ser lindas. Na próxima vez que você se determinar a realizar grandes feitos, ouça atentamente. Você pode ouvir a voz do Mestre, sussurrando em seu ouvido, "Não pare, continue tocando". Sinta seus braços amorosos ao seu redor. Saiba que suas fortes mãos estão tocando o concerto de sua vida. Lembre-se, a ajuda não é necessária para aqueles que já são equipados. Você pode até estar em um lugar proibido, mas terá de ser simples, sincero, despreocupado e mostrar o pouco que pode fazer. O resto se encaixará ao seu redor.
O Carro
Suas notas eram baixas e o seu comportamento uma decepção. Os pais, carinhosos e dedicados, sonhavam ver o filho bem sucedido na vida. Assim, o pai lhe propôs um acordo: Meu filho, se você mudar o seu comportamento, dedicando-se mais aos estudos e passar no vestibular, lhe darei um carro de presente. Um carro… era tudo que ele sempre desejara, e ali estava a oportunidade de consegui-lo. Imediatamente, o rapaz aceitou a proposta, mudou radicalmente. Passou a estudar como nunca, parecia uma outra pessoa. O pai estava feliz com a mudança, mas preocupado, pois temia que aquela mudança fosse apenas em função do interesse pelo carro e não fruto de uma conversão sincera. Finalmente o grande dia chegou. O rapaz, ansioso, aguardava o resultado dos seus esforços, quando recebeu a notícia. Fora aprovado no vestibular. A alegria foi total. Como havia prometido, o pai convidou toda a família e os amigos para a festa de comemoração. O filho, mal podia aguardar o momento em que receberia o carro. No auge da festa o pai pediu a palavra, elogiou o esforço do filho, o resultado obtido e passou-lhe às mãos uma caixa de presente. Emocionado, o filho abriu o pacote, na certeza de que ali estariam as chaves do seu tão esperado carro. Entretanto, para sua surpresa, o pacote continha uma Bíblia. Visivelmente decepcionado, nada falou e largando o presente sobre a mesa, retirou-se da festa. A partir daquele dia, não mais dirigiu a palavra ao pai. Sentia-se traído, e agora, lutava pela sua independência. Deixou a casa e foi morar em uma república universitária. Raramente mandava notícias e evitava qualquer tentativa de aproximação com o pai. O tempo passou, formou-se, conseguiu um bom emprego e aos poucos esqueceu-se completamente da família. Sentindo-se abandonado pelo único filho, e vendo frustradas todas as tentativas de aproximação, muito triste adoeceu e sem vontade de lutar pela vida, faleceu. No enterro, o filho apareceu, ainda cheio de mágoas, ficou à distância. A mãe, alquebrada, aproximou-se e lhe entregou, dizendo ser a última vontade do pai, a caixa contendo a Bíblia. De volta para casa, agora homem feito, retirou a Bíblia da caixa e colocou-a sobre a mesa. Notou entretanto, que dentro havia um envelope já bastante amarelado pelo tempo e, dentro encontrou uma carta, e um cheque datado de mais de dez anos atrás. A carta dizia: Meu filho querido, sei o quanto você deseja e lutou para conseguir este carro, e conforme prometi aqui está o cheque para que você escolha o modelo que mais lhe agradar. Entretanto, junto com o carro, fiz questão de lhe dar também o mais valioso dos presentes, a Bíblia, a Palavra de Deus. Sem ela, nenhum bem material terá qualquer valor. Nela aprenderás que o amor e o perdão são o bem maior, e que deve-se fazer o bem, não pelo prazer da recompensa, mas pelo dever de consciência. Desejo ainda, meu filho, que este carro seja apenas um argumento para a união da nossa família, mas que a Bíblia seja o farol que ilumine a nossa união. Parabéns, meu filho. Do seu pai que muito lhe ama.
O Bom Exemplo
Seus passos ecoavam nos degraus da escada de pedra que levava aos porões daquele casarão. Lá vivia um solitário, um tanto ranzinza, mas bom homem que todos respeitavam como a um mestre. O menino empurrou a pesada porta, entrou e tentava acostumar-se com a pouca luminosidade quando localizou o velho sentado à uma enorme escrivaninha, tinha um capuz a cobrir parte do rosto. De forma estranha, apesar do escuro, ele fazia anotações em um grande livro, tão velho quanto ele. O menino aproximou se com respeito e perguntou: - Mestre, qual o sentido da vida? Após momentos de silêncio, apontou um pedaço de pano, um trapo grosseiro no chão junto à parede. Depois apontou para o alto, para o vidro da janela, cheio de poeira e teias de aranha. Mais do que depressa, o menino pegou o pano, subiu em algumas prateleiras de uma pesada estante forrada de livros. Conseguiu alcançar a vidraça, começou a esfregá-la com força, retirando a sujeira que impedia a transparência. O sol inundou o aposento e iluminou estranhos objetos, instrumentos raros, dezenas de papiros e pergaminhos com misteriosas anotações. Radiante o menino declarou: Entendi, mestre, devemos nos livrar de tudo aquilo que impeça o nosso aprendizado. Retirar o pó dos preconceitos e as teias das opiniões que impedem que a luz do conhecimento nos atinja. Só então poderemos enxergar as coisas com mais nitidez… e com uma reverência saiu do aposento, satisfeito. O velho eremita, de rosto enrugado e ainda encoberto pelo largo capuz, sentiu os raios quentes do sol a invadir o quarto com uma claridade a que se desacostumara. Viu o discípulo se afastando, sorriu levemente e disse: - Mais importante do que aquilo que alguém mostra é o que o outro enxerga. Afinal, eu só queria que você colocasse o pano no lugar de onde caiu. Pense em como aquilo que você faz todos os dias, está influenciando os outros. Por isso, aja sempre no bem. Faça as coisas corretas, começando pelas pequenas coisas como: Manter limpa a cidade. Seja você aquele que não joga papel no chão. Coloque-o no bolso, na bolsa, num lugarzinho no chão do carro. Quando passar por uma lixeira, use-a. Seja você aquele que respeita os sinais de trânsito. Não estacione seu carro sobre a calçada. Respeite as filas de ônibus, do banco, do mercado, em qualquer lugar. Espere a sua vez sem reclamar nem xingar. Preserve a paz. Não arranque flores dos jardins públicos, mesmo que seja para plantar em casa. Preserve o que é de todos. Enfim, dê o bom exemplo em tudo. Ao seu lado, sempre haverá uma criança, um jovem, um adulto, alguém enfim, que se achará no direito de fazer o que você faz, principalmente se você for alguém que ele respeita, como o pai, a mãe, o professor, o melhor amigo, o político… e lembre-se: que o mais importante do que aquilo que alguém mostra é o que o outro enxerga.
Primeiro Presépio
Ano de 1223, o Natal aproximava-se, Francisco de Assis guardava na retina o que vira em sua peregrinação evangélica à Terra Santa. Pressentia que estava próximo o seu fim. Três anos depois, fez a transição para a Grande Pátria. Quando ainda jovem, recebera os primeiros sinais da realidade do mundo da luz, em suas visões e conversas com espíritos materializados e com o próprio Jesus, sonhara em ter a sua manjedoura. Vivendo em meio a riquezas de seu abastado pai, jamais se conformara com tal situação face à miséria em que viviam os empregados da loja e a população pobre de Assis. No dia em que desposara a sua Dama Pobreza, expressão que gostava de repetir, ocorreu o famoso episódio que consistiu em desnudar-se e devolver as roupas e o dinheiro ao pai, gesto inusitado, perante o bispo Dom Guido e o tribunal por este constituído. Inconscientemente, talvez, Francisco conseguiu dar o primeiro passo na construção de sua manjedoura. Viver nela, para ela e com ela, era o objetivo supremo de sua vida, como um protesto veemente contra a luxúria, a prepotência, o engodo, a superstição e a idolatria daqueles que viviam quais cegos conduzidos por guias cegos. Jesus se apresentava aos seus olhos como a única tábua de salvação e argumentava consigo mesmo: como relembrar aos supersticiosos e idólatras a excelsa figura do Mestre na época das comemorações do Seu nascimento? Ontem, como hoje, os espíritos desavisados se entregam a toda sorte de festas para homenagear o nascimento do Redentor. Francisco de Assis, com seus seguidores, decidiu dar uma nova dimensão ao grande acontecimento. Foi ao encontro de João Velita, seu grande admirador em Fonte Colombo, e disse-lhe: Irmão, senhor João Velita, se me queres ajudar, celebraremos o mais belo Natal que jamais se viu. Assim, em um dos bosques de Greccio em uma gruta semelhante a de Belém, iniciou os trabalhos de construção do presépio, tal como Francisco lhe explicara. Seria o primeiro presépio do mundo. O Vale de Rieti, onde ficava Greccio, se preparava para as festividades do Natal de Jesus. Enquanto os sinos bimbalhavam quase sem cessar, os habitantes da região se preparavam para o grande acontecimento. Todos já estavam avisados da novidade e a celebração idealizada por Francisco. Pastores, casais da alta sociedade de Assis e de locais distantes juntavam-se aos humildes franciscanos a caminho de Greccio. A noite estava límpida, gelada e linda e era iluminada pelas tochas empunhadas pelos frades que entoavam cânticos sacros, sob o contagiante entusiasmo de Francisco de Assis. Um verdadeiro encantamento e poesia em tudo aquilo. Na gruta natural, semelhante a de Belém, estava armado um modesto altar para a celebração da missa. A manjedoura estava ao lado. João Velita não esquecera os mínimos detalhes recomendados por Francisco e colocara as imagens de José e Maria, tal como lhe fora dito. Francisco se aproxima a passos lentos. Uma cena de majestosa beleza tem lugar neste momento. Com sua bela voz, ele entoa um cântico de louvor ao Menino Jesus e à Maria. Em dado momento, sua voz treme, tal qual o balido do cordeiro. Uma luz de intenso fulgor é vista por todos envolvendo o ambiente. E, nessa luz, aparece urna criança, tão maravilhosamente linda que todos se ajoelharam para adorá-la. Francisco se levanta e vai olhá-la de perto. Debruça-se respeitosamente e todos vêem as delicadas mãozinhas da formosa criança afagando o rosto do humilde frade. E Francisco, entre lágrimas e sorrisos de emoção, toma a criança nos braços, aperta-a contra o coração, para depois recolocá-la no berço de palhas e de luz. E se prostra de joelhos, ante o espetáculo grandioso e belo da materialização do Senhor! Nesse instante, todos ouvem um coral invisível entoando a mais bela e acariciante melodia que nenhum mortal jamais ouvira. Eis ai o Salvador do Mundo, o Príncipe da Paz! - O Verbo se fez came e habitou entre nós - exclamou Francisco. O gênio poético de Francisco de Assis e sua extraordinária força de médium de Jesus inaugurou, naquela madrugada de dezembro de 1223, a tradição do presépio que, ainda hoje, se repete em todo o mundo cristão. “E um anjo do Senhor desceu aonde eles estavam, e a Gloria do Senhor brilhou ao redor deles”. Lucas, 2:9
Amor sem Ilusão
Era com dificuldade que caminhava entre os caminhos tortuosos daquelas montanhas, procurava a paz e a solução para suas preocupações. Ainda bem jovem, precisava encontrar compreensão sobre a vida, sobre o amor. Mas, inquieto, sem experiencias, com os pensamentos confusos, desejava ardentemente acalmar sua alma. Sentou-se à beira do caminho para descansar e meditou. Alguém pousou a mão em seu ombro e disse: “Cansado? Este caminho é como a vida, cheio de pedras” … Não, não muito, apenas sonhando sem saber o caminho para encontrar uma parceira, construir uma família com bases no verdadeiro amor. - Todavia, sempre que me vem à mente uma jovem bela e graciosa e eu a olho com atenção, em meus pensamentos ela vai se transformando rapidamente. Seus cabelos tornam-se brancos, sua pele pálida com profundos vincos. Seu olhar perde o brilho e parece perder-se no infinito. Sua forma física se modifica acentuadamente e eu me apavoro. Gostaria de saber como é que o amor poderá ser eterno, como falam os poetas. “Compreendo! – disse a senhora que sentou-se para descansar da subida – pois eu sofro porque nunca mais poderei ver a cabeça branca aureolada de conhecimentos, o rosto marcado pelas rugas da experiência, o olhar amadurecido pelas lições da vida, sofro porque não poderei mais ouvir suas histórias sábias nem contemplar o sorriso de ternura de meu marido pois fiquei viúva” O amor, - continuou - é eterno porque não se apega ao corpo físico, mas se afeiçoa ao ser imortal que o habita temporariamente. É nesses sentimentos sem ilusões nem fantasias que reside o verdadeiro e eterno amor. Buscamos as belezas da forma física sem observar as grandezas da alma imortal. O sentimento que valoriza somente as aparências exteriores não é amor, é paixão ilusória. O amor verdadeiro observa, além da roupagem física que se desgasta e morre, a alma que se aperfeiçoa e a deixa quando chega a hora, para prosseguir vivendo e amando, tanto quanto o permita o seu coração imortal. As flores, por mais belas que sejam, um dia murcham e morrem. Mas o seu perfume permanece no ar e no olfato daqueles que o souberam guardar em frascos adequados. O corpo humano, por mais belo e cheio de vida que seja, um dia envelhece e morre. Mas as virtudes do espírito que dele se liberta, continuam vivas nos sentimentos daqueles que as souberam apreciar e preservar, no frasco do coração.
Trem da Vida
Dia desses, li um livro que comparava a vida a uma Viagem De Trem, com embarques de pessoas, desembarques de outras, acidentes, surpresas agradáveis, e tristezas em outros pontos do trajeto. Quando nascemos, entramos nesse trem e encontramos pessoas que acreditamos, estarão sempre nessa viagem conosco. Infelizmente, isso não é verdade. Em alguma estação, aqueles que nos trouxeram para esta viagem vão desembarcar à nossa frente, e sua companhia e apoio insubstituíveis nos farão muita falta. Por outro lado, durante a viagem, pessoas maravilhosas e amigas embarcam no trem. Chegam irmãos, amigos, e amores. Muitos tomam esse trem apenas a passeio, e descem pouco tempo depois. Alguns nos acompanharão por toda a jornada. Alguns encontrarão nessa viagem tristezas e dificuldades, mas em compensação, haverão aqueles que circularão pelo trem, prontos a ajudar a quem precisa. Muitos vão descer e deixarão saudades, outros tantos passam por ele de forma que, quando desocupam seu assento, ninguém sente falta. Curioso é constatar que alguns passageiros, que nos são tão caros, acomodam-se em vagões distantes dos nossos, portanto, somos obrigados a fazer essa viagem quase o tempo todo separados deles. Isto não impede, é claro, que durante a viagem atravessemos, mesmo com dificuldade, alguns vagões para ir visitá-los de vez em quando ....... só que, infelizmente, jamais poderemos sentar ao seu lado, pois alguém já estará ocupando aquele lugar. E assim segue a viagem, cheia de atropelos, sonhos, fantasias, emoções, esperas, muitos encontros e muitas despedidas.....porém, jamais haverá retornos às estações que ficam para trás. Nunca saberemos em que parada vamos descer, muito menos nossos companheiros, nem mesmo aquele que está sentado ao nosso lado. Façamos então essa viagem, da melhor maneira possível, tentando nos relacionar bem com todos os passageiros, procurando, em cada um deles, o que tiverem de melhor, e lembrando que, em algum momento do trajeto, eles poderão fraquejar e precisaremos entender, porque nós também já fraquejamos muitas vezes e, encontramos quem nos entendesse. Que a nossa viagem nesse trem seja tranqüila, construtiva, e que, quando chegar a hora de desembarcarmos, nosso lugar vazio traga bons pensamentos àqueles que prosseguirem. A Felicidade não é uma estação de chegada, e sim uma maneira de viajar!
A Águia
Dentre as aves, a águia é a que possui a maior longevidade. Chega a viver setenta anos mas para chegar a essa idade, aos quarenta tem que tomar uma séria e difícil decisão, pois suas unhas estarão compridas e flexíveis, não conseguirão mais agarrar as presas das quais se alimenta. O bico ora alongado e pontiagudo se curva apontando contra o peito. As asas também estarão envelhecidas e pesadas em função da grossura das penas e apenas voar já será difícil. Então, ela só terá duas alternativas: Morrer ou enfrentar um dolorido processo de renovação que irá durar 150 dias. Esse processo consiste em voar para o alto de uma montanha e se recolher em um ninho próximo a um paredão onde ficará protegida e não necessite voar. Instalada, começa a bater com o bico em uma parede até conseguir arrancá-lo. Após arrancá-lo, espera nascer um novo bico, com o qual vai depois arrancar suas unhas. Quando as novas unhas começam a nascer, ela passa a arrancar as penas velhas e só após cinco meses sai para um novo vôo, renovada, para viver então mais 30 anos. Em nossa vida, muitas vezes, temos de nos resguardar por algum tempo e começar um processo de renovação. Para que continuemos a voar um vôo de vitória, devemos nos desprender de lembranças, costumes e outras tradições que nos causaram dor. Somente livres do peso do passado, poderemos aproveitar o resultado valioso que uma auto-renovação sempre traz.
Moscas
Duas moscas caíram em um copo de leite. Uma era forte e valente, e nadou até a borda do copo, mas como a superfície era muito lisa e suas asas estavam molhadas, não conseguiu sair. Acreditando que não havia alternativa, desanimou, parou de nadar, de tentar e afundou. Sua companheira de infortúnio, apesar de não ser tão forte era tenaz, e continuou a se debater e a se debater por tanto tempo que, aos poucos, o leite ao seu redor, com toda aquela agitação, foi se transformando e formou um pequeno nódulo de manteiga, onde a mosca tenaz conseguiu com muito esforço subir e dali levantar vôo para um lugar seguro. Durante anos, ouvimos esta primeira parte da estória como um elogio à persistência que, sem dúvida, é um hábito que nos leva ao sucesso, no entanto...Tempos depois, a mosca tenaz, por descuido ou acidente, novamente caiu em um outro copo. Como já havia aprendido em sua experiência anterior, começou a se debater, na esperança de que, no devido tempo, se salvaria. Outra mosca, que voava por perto e vendo a aflição da companheira de espécie, pousou na beira do copo e gritou: "Tem um canudo ali, nade até lá e suba". A mosca tenaz não lhe deu ouvidos, baseando-se na sua experiência anterior de sucesso continuou a se debater e a se debater até que, exausta, afundou no copo cheio de água. Quantos de nós, baseados em experiências anteriores, deixamos de notar as mudanças no ambiente e ficamos nos esforçando para alcançar os resultados esperados até que afundamos na nossa própria falta de visão? Fazemos isto quando não conseguimos ouvir aquilo que quem está de fora da situação nos aponta como solução mais eficaz e, assim, perdemos a oportunidade de uma nova experiência e ficamos paralisados, presos aos velhos hábitos, com medo de errar. Pessoas que já perceberam que nem sempre companheiros, pais, amigos, familiares ou mesmo o conselheiro espiritual pode mostrar-lhes a visão isenta do ambiente ou da situação que estão vivendo. É preciso permitir-se olhar a situação atual como se ela fosse inteiramente diferente de tudo que já vivemos. É preciso buscar, ver através de novos ângulos, de forma a perceber que, fracasso ou sucesso, tudo pode ser encarado como aprendizagem. Desta forma, todo o medo se extingue e toda experiência é como uma nova porta que pode nos levar à energia que precisamos, à motivação de continuar buscando o que queremos e à auto-estima que nos sustenta.
Sol Interior
Uma atriz norte-americana, tornou-se famosa vivendo nas telas o mito da mulher sensual, tornou-se deusa do amor interpretando o papel que lhe daria maior glória, Gilda. Dali em diante foi sempre difícil conseguir que as pessoas separassem a artista do personagem. As pessoas a olhavam e a viam como Gilda, a personagem. Talvez, por esta razão, casou-se por sete vezes. Em suas entrevistas, destaca que jamais conseguiu ser verdadeiramente amada. Os homens procuram Gilda, namoram Gilda, casam-se com Gilda e depois descobrem que não sou Gilda. O que a famosa atriz queria dizer é que os homens não conseguiam vê-la como o ser humano, com defeitos, com desejos e anseios muito diferentes daqueles da personagem que representava e acabavam se desiludindo e abandonando-a. Isso acontece muito. Trata-se de amor sentimental. É o amor que só é experimentado em fantasia e não nas relações concretas com a pessoa que é real. Assim homens e mulheres que não se sentem felizes em seus casamentos encontram satisfação no consumo de filmes, novelas, contos amorosos e canções de amor. Comovem-se até às lágrimas quando participam da feliz ou infeliz estória de amor do casal, na tela, como se fosse a sua própria estória. As mulheres que ficam aguardando um gesto de gentileza do marido, alguma atitude romântica, e nada recebem, escolhem como seu ideal o galã da telenovela da atualidade. Sim, aquele é um homem verdadeiramente gentil. Ele sabe elogiar o cabelo, a roupa nova da sua amada. Tem a capacidade de renunciar à companhia dos amigos para estar com ela. Manda flores, escreve e fala frases bonitas. Assim também o homem que vê no papel da atriz o seu ideal de mulher e se torna espectador do amor alheio. Vibra com tudo o que a cena lhe mostra, mas quando retorna à sua vida real, se torna frio. No entanto, o amor é uma atividade e seu caráter ativo pode ser descrito afirmando-se que o amor, antes de tudo, consiste em dar, não em receber. E o que uma pessoa pode dar para outra? A mais importante maneira de dar não está nas coisas materiais, está em dar de si mesmo, do que tem de mais precioso, dar de sua vida. Dar da sua alegria, da sua compreensão, da sua atenção, da sua tristeza, enfim, de todas as expressões e manifestações daquilo que vive em si. O amor é de essência divina. Todos os homens, do primeiro ao último, têm, no fundo do coração, a centelha desse fogo sagrado. O amor é o mais elevado dos sentimentos. É esse sol interior que reúne em seu ardente foco todas as aspirações humanas. Quem ama encontra, todos os dias, razões para a própria felicidade que é, em síntese, a felicidade daqueles que ama.
Valendo Nota
Faltavam poucos meses para a conclusão do curso regular na Faculdade de Administração, um de nossos professores, apresentou um questionário. Eu era um bom aluno e respondi rápido todas as questões até chegar à última que era: Qual o primeiro nome da mulher que faz a limpeza da escola? Sinceramente, isso parecia uma piada. Eu já tinha visto a tal mulher inúmeras vezes em todos aqueles anos. Ela era alta, cabelos escuros, com cinqüenta anos presumíveis, mas como eu ia saber o primeiro nome dela? Eu entreguei meu teste deixando essa questão em branco e um pouco antes da aula terminar, um aluno perguntou se a última pergunta do teste ia valer na contagem dos pontos. Mas é lógico, respondeu o professor. Na sua carreira, você encontrará muitas pessoas. Todas com um grau de importância. Todas merecerão sua atenção mesmo que seja com um simples sorriso. Eu nunca mais esqueci essa lição e também acabei aprendendo que o primeiro nome dela era Doralice. Assim, nunca se esqueça daqueles que te serviram.
Mulher Ideal
Jovem ainda, sonhava encontrar a mulher perfeita, a musa de seus sonhos, bonita, inteligente, simpática. Enfim, a mulher ideal. Durante anos a procurou, nas ruas, no trabalho, nas festas e nas viagens. Não podia aceitar outra, apenas aquela de seus sonhos, que o faria feliz pelo resto da vida. O tempo passou e ele continuou solteiro. Um dia, um amigo que sabia de sua obsessão lhe disse: - Que pena, você passou toda a vida procurando e não encontrou a mulher perfeita! O sonhador, indignado, respondeu: - Não é verdade. Eu encontrei a mulher perfeita! E o amigo, surpreso…- E por que não ficou com ela? - Porque ela não quis ficar comigo. A maioria das pessoas passa a vida inteira procurando o par perfeito sem se dar conta de sua própria imperfeição. No amor, assim como na vida, não existe o parceiro perfeito, como não existe um casamento sem problemas. Os casais que têm um casamento admirável tiveram a paciência e a perseverança de construí-lo aos poucos. No amor, não existe pronto um casamento cinco estrelas. O que existe é um namoro que começa com uma estrela e vai sendo melhorado aos poucos até se tornar uma constelação, a relação dos sonhos dos parceiros. E, mesmo quando a relação fica boa, eles sabem que precisam continuar cuidando. Assim é, também, nos relacionamentos profissionais e afetivos. Temos de saber construi-los com paciência e dedicação para formar um time que de prazer de trabalhar e viver em conjunto. Talvez, se você encontrasse o chefe perfeito, ele não quisesse tê-lo na equipe. Talvez, se você encontrasse o funcionário perfeito, ele não desejasse trabalhar com você. As relações mais admiráveis de sociedade, parcerias e dentro das organizações, são as construídas com dedicação e generosidade. Amar é, simplesmente, doar-se sem recibo.
Heng o Vietnamita
Era um orfanato, dirigido por um grupo de missionários, que foi atingido por um bombardeio. Crianças, ficaram gravemente feridas, entre elas, uma menina de oito anos, considerada em pior estado. Era necessário chamar ajuda por uma rádio e ao fim de algum tempo, um médico e uma enfermeira chegaram ao local. Teriam que agir rapidamente, senão a menina morreria em razão dos traumatismos e à perda de sangue. Era urgente fazer uma transfusão, mas como? Após alguns testes rápidos, puderam perceber que ninguém ali possuía o sangue compatível. Reuniram então as crianças e entre gesticulações, arranhadas no idioma, tentavam explicar o que estava acontecendo e que precisariam de um voluntário para doar o sangue. Depois de um silêncio sepulcral, viu-se um braço magro levantar-se timidamente. Era um menino chamado Heng. Ele foi preparado às pressas ao lado da menina agonizante e espetaram-lhe uma agulha na veia. Ele se mantinha quieto e com o olhar fixo no teto. Momentos depois, ele deixou escapar um soluço e tapou o rosto com a mão que estava livre. O médico lhe perguntou se estava doendo e ele negou. Mas não demorou muito a soluçar de novamente, contendo as lágrimas. O médico ficou preocupado e voltou a lhe perguntar, e de novo ele negou. Os soluços ocasionais deram lugar a um choro silencioso mas ininterrupto. Era evidente que alguma coisas estava errada. Foi então que apareceu uma enfermeira vietnamita vinda de outra aldeia. O médico pediu então que ela procurasse saber o que estava acontecendo com Heng. Com a voz meiga e doce, a enfermeira foi conversando com ele e explicando algumas coisas, e o rosto do menino foi se aliviando... minutos depois ele estava novamente tranqüilo. A enfermeira então explicou aos médicos americanos: "Ele pensou que ia morrer; não tinha entendido direito o que vocês disseram e estava achando que ia ter que dar todo o seu sangue para a menina não morrer." O médico se aproximou dele e com a ajuda da enfermeira perguntou: - "Mas se era assim, porque então você se ofereceu a doar seu sangue?" E o menino respondeu simplesmente: "Ela é minha amiga."
Anúncio
Comerciante e amigo do poeta Olavo Bilac, pediu-lhe um favor. “Meu amigo poeta, pretendo vender meu sítio e como você bem o conhece e usando sua maravilhosa capacidade com a pena, gostaria que redigisse e publicasse um anuncio no jornal”. Olavo Bilac assim fez e publicou o seguinte: "Vende-se encantadora propriedade, onde cantam os pássaros ao amanhecer no extenso arvoredo, cortada por cristalinas e marejantes águas de um ribeiro. A casa, banhada pelo sol nascente oferece a sombra tranqüila das tardes, na varanda."
Meses depois, o poeta da terra das palmeiras, encontra o amigo e pergunta-lhe se conseguira vender a propriedade. E o comerciante respondeu: “De jeito nenhum, depois que li o anúncio, é que enxerguei a maravilha que possuía” …. Muitas das vezes, temos um paraíso e não o vemos, preferimos e desejamos o inferno alheio.
O Frio que Veio de Dentro
Estrada deserta, frio intenso, muita neve ao redor. Seis homens viajavam em um caminhão que em razão de uma avalanche, ficou bloqueado. Teriam que esperar até o amanhecer para receber socorro. Encontraram uma pequena caverna e cada um conseguiu juntar um pouco de lenha e fizeram uma fogueira ao redor da qual se aqueciam. Se o fogo apagasse, eles o sabiam, todos morreriam de frio antes que o dia clareasse. A única maneira de poderem sobreviver, seria cada qual alimentar o fogo com sua lenha. Um deles, racista, olhou demoradamente para os outros cinco e pensou consigo: "Aquele!… Jamais darei minha lenha para aquecer um negro". E guardou-a protegendo-a dos olhares dos demais. O segundo, um rico avarento, estava ali porque esperava receber os juros de uma dívida. Olhou para um dos homens que trazia a pobreza em seu aspecto rude, no semblante e nas roupas velhas e remendadas. Um andarilho. Fez as contas do valor da sua lenha e enquanto mentalmente sonhava com o seu lucro, pensou: "Eu, dar minha lenha para aquecer um preguiçoso?" O terceiro era o negro. Seus olhos faiscavam de ira e ressentimento. Não havia qualquer sinal de perdão ou mesmo aquela superioridade moral que o sofrimento ensina. Seu pensamento era muito prático: "É bem provável que eu precise desta lenha para me defender. Além disso, eu jamais daria minha lenha para salvar aqueles que me oprimem". E guardou a com cuidado. O quarto era o pobre andarilho. Ele conhecia mais do que os outros os caminhos, os perigos e os segredos da neve. E pensou: "Esta nevasca pode durar vários dias. Vou guardar minha lenha. "O quinto, parecia alheio à tudo. Era um sonhador. Olhando fixamente para as brasas, nem lhe passou pela cabeça oferecer da lenha que carregava. Estava preocupado demais com suas próprias visões ou alucinações, para pensar em ser útil. O último, trazia nos vincos da testa e nas palmas calosas das mãos, os sinais de uma vida de trabalho. Seu raciocínio era curto e rápido. "Esta lenha é minha, custou o meu trabalho, não darei a ninguém nem mesmo o menor dos meus gravetos." Com estes pensamentos, os seis homens permaneceram imóveis. A última brasa da fogueira se cobriu de cinzas e finalmente apagou. Ao alvorecer, quando os homens do socorro chegaram ao local, encontraram seis cadáveres congelados, cada qual segurando um feixe de lenha. Olhando para aquele triste quadro, o chefe da equipe comentou: "O frio que os matou não foi o frio de fora, mas sim, o frio de dentro".
Servidor
Quando jovens normalmente somos idealistas e com facilidade nos vinculamos a determinadas causas. Não foi diferente com aquele jovem que conheceu a Doutrina Espírita e passou a estudá-la com ardor. Mergulhando nas páginas do Evangelho, apaixonou-se por Jesus. Na sua ardência juvenil, ele desejou servir ao Cristo com todas as forças do seu coração. Mais do que isso, ele queria morrer pela causa do cristianismo. Ser cristão como os primitivos cristãos. Desejava ser perseguido como foram os apóstolos e os discípulos de Jesus. Quem sabe poderia ir para um país onde houvesse perseguição religiosa e pena de morte. Poderia ser preso, torturado e, por fim, morto. Era o que ele desejava: morrer por amor a Jesus, pela causa da verdade. Recordava o heroísmo do apóstolo Pedro sendo crucificado de cabeça para baixo. De Paulo de Tarso sendo açoitado, apedrejado e decapitado, por amor ao Mestre. Lembrava, enfim, dos testemunhos de todos aqueles cristãos que se deixaram matar, não se permitindo abandonar o ideal. Certo dia, durante suas orações, ouviu um mensageiro dos céus que lhe falava: - Filho, você deseja mesmo morrer por Jesus? - Sim, é claro. Disse ele. - Pois então eu vou levar a Jesus o seu pedido e depois lhe trarei a resposta. Nos dias seguintes, o jovem não cabia em si de ansiedade. Quando viria a resposta? E foi durante a oração de uma das noites, que a voz se fez ouvir outra vez: - Filho, levei o seu pedido a Jesus e venho lhe dizer que Ele aceitou. - Quer dizer - foi dizendo afoito o jovem - que eu vou morrer por amor a Jesus? - Sim, filho, mas não de repente. Você irá morrer devagar, um pouco a cada dia. Jesus pede que você atenda seu próximo, sirva aos seus irmãos, se torne um apóstolo do amor na Terra. - E, por amor a ele, por amor à verdade que Ele veio ensinar, morra um pouquinho todas as vezes que a calúnia alcançar o seu caminho, que as pedras da incompreensão o atingirem. Foi então que o jovem se ergueu e passou a dedicar sua vida a servir ao próximo, esquecendo-se de si mesmo, dos seus próprios anseios. Hoje, com mais de setenta anos de idade, ele pede a Jesus que lhe permita viver no corpo um pouco mais, pois reconhece que ainda há muito por fazer pelos filhos do calvário, que andam sobre a Terra. O verdadeiro seguidor de Jesus faz o bem pelo bem sem esperar paga alguma. Retribui o mal com o bem, toma a defesa do fraco contra o forte e sacrifica sempre os seus interesses à justiça. Quem segue a Jesus encontra satisfação nos benefícios que espalha, nos serviços que presta, no fazer os outros felizes, nas lágrimas que enxuga, nas consolações que dá aos aflitos. Seu primeiro impulso é para pensar nos outros, antes de pensar em si. É para cuidar dos interesses dos outros antes do seu próprio interesse.
Amor Verdadeiro
Um de nossos professores, aproveitando o tempo disponível pelo adiantado da matéria, papeava conosco e chegamos à discussão do tema casamento. Os contra, argumentavam que o que mantém um casal é o romantismo e que é preferível acabar com a relação quando este se apaga, em vez de se submeter à triste monotonia. O mestre disse que respeitava a opinião mas nos contou a seguinte estória: Um dia, minha mãe descendo as escadas para preparar o café, sofreu um infarto. Meu pai, levantou-a como pôde e quase se arrastando a levou até à caminhonete. Dirigiu a toda velocidade até o hospital, mas quando chegou, infelizmente ela já estava morta. Durante o velório, ele não falou. Ficava o tempo todo olhando para o nada. Quase não chorou. Eu e meus irmãos tentamos, em vão, quebrar a nostalgia recordando momentos engraçados. Na hora do sepultamento, papai, já mais calmo, passou a mão sobre o caixão e falou com sentida emoção: Meus filhos, foram 55 bons anos... Ninguém pode falar do amor verdadeiro se não tem idéia do que é compartilhar a vida com alguém por tanto tempo. Fez uma pausa, enxugou as lágrimas e continuou: Ela e eu estivemos juntos em muitas crises. Mudei de emprego, renovamos toda a mobília quando vendemos a casa e mudamos de cidade. Compartilhamos a alegria de ver nossos filhos concluírem a faculdade, choramos um ao lado do outro quando entes queridos partiam. Oramos juntos na sala de espera de alguns hospitais, nos apoiamos na hora da dor, trocamos abraços em cada natal, e perdoamos nossos erros... Filhos, agora ela se foi e estou contente. E vocês sabem por que? Porque ela se foi antes de mim e não teve que viver a agonia e a dor de me enterrar, de ficar só depois da minha partida. Sou eu que vou passar por essa situação, e agradeço a Deus por isso. Eu a amo tanto que não gostaria que sofresse assim... Quando meu pai terminou de falar, meus irmãos e eu, nos o abraçamos e ele nos consolava, dizendo: Está tudo bem, meus filhos, podemos ir para casa. Este foi um bom dia. E, por fim, o professor concluiu: Naquele dia entendi o que é o verdadeiro amor. Está muito além do romantismo, e não tem muito a ver com o erotismo, mas se vincula ao trabalho e ao cuidado a que se professam duas pessoas realmente comprometidas. Quando o mestre terminou de falar, os jovens universitários não puderam argumentar. Pois esse tipo de amor era algo que não conheciam. O verdadeiro amor se revela nos pequenos gestos, no dia-a-dia e por todos os dias. O verdadeiro amor não é egoísta, não é presunçoso, nem alimenta o desejo de posse sobre a pessoa amada. Quem ama, verdadeiramente, prefere sofrer a causar sofrimento. Prefere renunciar à própria felicidade para promover a felicidade de quem ama. Alguns dirão que quem age assim não tem amor próprio, mas amor próprio, não quer dizer individualismo. O que geralmente acontece com o individualista, em caso de separação pela morte, é debruçar-se sobre o caixão e perguntar: "o que será de mim?" Já aquele que ama e se preocupa com o ser amado, perguntará: "o que será dele? Ou, o que será dela?" Isso demonstra que seu amor é grande o suficiente para pensar mais no outro do que em si mesmo.
Não Tinha Tempo
Ao atender o telefone, que insistentemente tocava, meu mundo desabou. Entre soluços e lamentos, a voz do outro lado me informava que o meu melhor amigo, meu companheiro de jornada, meu ombro camarada, havia sofrido um grave acidente, vindo a falecer. Lembro de ter desligado o telefone, e caminhado a passos lentos para meu quarto, meu refúgio particular. As imagens de minha juventude vieram à mente. A faculdade, a boemia, as conversas na beira da calçada até altas horas da noite, os amores não correspondidos, as confidências ao pé do ouvido, as colas, a cumplicidade, os sorrisos...Ah... os sorrisos... como eram fáceis de surgir naquela época. Lembrei-me da formatura, de um novo horizonte surgindo... das lágrimas e despedidas, e principalmente, das promessas de novos encontros. Lembro perfeitamente de cada feição do melhor amigo que já tive em toda vida: em seus olhos a promessa de que eu nunca seria esquecido. E realmente, nunca fui. Perdi a conta das vezes em que ele carinhosamente me ligava quando eu estava no fundo do poço. Ou das mensagens que nunca respondi, que ele constantemente me enviava, enchendo minha caixa eletrônica de esperanças e promessas de um futuro melhor. Lembro que foi o seu rosto preocupado que vi quando acordei de minha cirurgia para retirada do apêndice. Lembro que foi em seu ombro que chorei a perda de meu amado pai. Foi em seu ouvido que derramei as lamentações do noivado desfeito. Apesar do esforço para vasculhar minha mente, não consegui me lembrar de uma só vez em que tenha pegado o telefone para dizer-lhe o quanto era importante para mim contar com a sua amizade. Afinal, eu era uma pessoa muito ocupada, não tinha tempo. Não lembro de uma só vez em que me preocupei de procurar um texto edificante e enviar para ele, ou qualquer outro amigo, com intuito de tornar o seu dia melhor. Eu não tinha tempo. Não lembro de ter feito qualquer tipo de surpresa, como aparecer de repente com uma garrafa de vinho e um coração aberto, disposto a ouvir. Eu não tinha tempo. Não lembro de qualquer dia em que eu estivesse disposto a ouvir os seus problemas. Eu não tinha tempo. Acho que eu nunca sequer imaginei que ele tinha problemas. Não me dignei a reparar que constantemente meu amigo passava da conta na bebida. Achava divertido o seu jeito bêbado de ser. Afinal, bêbado ou não ele era uma ótima companhia para mim. Só agora vejo com clareza o meu egoísmo. Talvez - e este talvez vai me acompanhar eternamente - se eu tivesse saído de meu pedestal egocêntrico e prestado um pouco de atenção e despendido um pouquinho do meu sagrado tempo, meu grande amigo não teria bebido até não agüentar mais, e não teria jogado sua vida fora ao perder o controle de um carro que com certeza, não tinha a mínima condição de dirigir. Talvez, ele, que sempre inundou o meu mundo com sua iluminada presença, estivesse se sentindo sozinho. Até mesmo as mensagens engraçadas que ele constantemente deixava em minha secretária eletrônica, poderiam ser seu jeito de pedir ajuda. Aquelas mesmas mensagens que simplesmente apaguei, jamais se apagarão da minha consciência. Estas indagações que inundam agora o meu ser nunca mais terão resposta. A minha falta de tempo me impediu de respondê-las. Agora, lentamente escolho uma roupa preta digna do meu estado de espírito - e pego o telefone. Aviso o meu chefe de que não irei trabalhar hoje e, quem sabe, nem amanhã, nem depois... - pois irei tirar o dia para homenagear com meu pranto, a uma das pessoas que mais amei nesta vida. Ao desligar o telefone, com surpresa eu vejo, entre lágrimas e remorsos, de que para isto, para acompanhar durante um dia inteiro o seu corpo sem vida, eu TIVE TEMPO! Descobri que se você não toma as rédeas da sua vida, o tempo te engole e te escraviza. Trabalho com o mesmo afinco de sempre, mas somente sou (o profissional) durante o expediente normal. Fora dele, sou um ser humano. Nunca mais uma mensagem da minha secretária eletrônica ficou sem pelo menos um "oi" de retorno. Procuro constantemente encher a caixa eletrônica dos meus amigos com mensagens de amizade e dias melhores. Escrevo cartões de aniversário e de Natal, sempre lembrando às pessoas de como elas são importantes para mim. Abraço constantemente meus irmãos e minha família, pois os laços que nos unem são eternos. Esses momentos costumam desaparecer com o tempo, e todo o cuidado é pouco. Distribuo sorrisos e abraços a todos que me rodeiam, afinal, para que guardá-los?...
Quebra-Cabeça
Um cientista, preocupado com os problemas do mundo, trabalhava incessantemente e estava resolvido a encontrar meios de minorá-los. Passava dias em seu laboratório pesquisando em busca de respostas para suas dúvidas. Certo dia, seu filho de sete anos invadiu o seu santuário decidido a “ajudá-lo” a trabalhar. O cientista, nervoso pela interrupção, tentou fazer com que o filho fosse brincar em outro lugar. Vendo que seria impossível removê-lo, o pai procurou algo que pudesse ser oferecido ao filho com o objetivo de distrair sua atenção. Viu no mapa do mundo, o que procurava! Com auxilio de uma tesoura, recortou o mapa em vários pedaços e, junto com um rolo de fita adesiva, entregou ao filho dizendo: ¾ Você gosta de quebra-cabeças, vou lhe dar o mundo para consertar. Aqui está o mundo todo quebrado. Veja se consegue consertá-lo bem direitinho! Faça tudo sozinho. Calculou que a criança levaria dias para recompor o mapa. Algumas horas, depois, ouviu a voz do filho que o chamava calmamente: ¾ Pai, já fiz tudo. Consegui terminar tudo! No principio o pai não deu crédito às palavras do filho, seria impossível, na sua idade, conseguir recompor um mapa que jamais havia visto. Relutante, o cientista levantou os olhos de suas anotações, certo de que veria o trabalho incompleto e torto, próprio de uma criança naquela idade. Para sua surpresa, o mapa estava completo. Todos os pedaços haviam sido colocados nos devidos lugares. Como seria possível? Como o menino havia sido capaz? ¾ Você não sabia como era o mundo, meu filho, como conseguiu? ¾ Pai, eu não sabia como era o mundo, mas quando você tirou o papel da revista para recortar, eu vi que do outro lado havia a figura de um homem. Quando você me deu o mundo para consertar, eu tentei mas não consegui. Foi aí que me lembrei do homem, virei os recortes e comecei a consertar o homem que eu sabia como era. Quando consegui consertar o homem, virei a folha e vi que havia consertado o Mundo.
O Carpinteiro
Dois irmãos, moravam em fazendas vizinhas, separadas por um rio. Brigaram. Foi a primeira grande desavença em toda uma vida trabalhando lado a lado, repartindo as ferramentas e cuidando um do outro. Durante aqueles anos, percorriam um longo caminho ao longo do rio para, ao final de cada dia, atravessá-lo e desfrutarem um da companhia do outro. Apesar do cansaço, faziam-no com prazer, pois eram muito amigos. Agora, entretanto, tudo havia mudado. O que começara com um pequeno mal entendido, explodiu em uma troca de palavras ríspidas, seguidas por semanas de total silêncio e tristeza. Certa manhã, um carpinteiro com uma caixa de ferramentas bateu à porta do irmão mais velho. - Estou procurando trabalho – disse. Talvez você tenha um pequeno serviço aqui e ali. Posso ajudá-lo? Claro que tenho trabalho para você. Vê aquela fazenda além do rio. É do meu vizinho, na realidade, meu irmão mais novo. Brigamos muito e não mais posso suportá-lo. Quero que você construa uma cerca bem alta ao longo do rio para que eu não mais precise vê-lo. Acho que entendo a situação - disse o carpinteiro - Farei um trabalho que lhe deixara satisfeito. Como precisava ir à cidade, mostrou ao carpinteiro bastante material disponível e partiu. O homem trabalhou arduamente durante todo aquele dia medindo, cortando e pregando. Já anoitecia quando terminou a obra, ao mesmo tempo que o fazendeiro retornava. Porém, seus olhos não podiam acreditar no que viam: não havia a cerca! Em seu lugar, uma ponte que ligava um lado ao outro do rio. Era realmente um belo trabalho, mas, enfurecido, exclamou: "Você é muito insolente em construir esta ponte após tudo que lhe contei" No entanto, as surpresas não haviam terminado. Ao erguer os olhos para a ponte, viu seu irmão aproximando-se da outra margem. Cada um dos irmãos permaneceu imóvel do seu lado do rio, quando, num só impulso, correram um na direção do outro, abraçando-se e chorando no meio da ponte. Emocionados, viram o carpinteiro arrumando suas ferramentas e partindo. Não, espere! - disse o mais velho - Fique conosco mais alguns dias. Tenho muitos outros projetos para você. E o carpinteiro respondeu: Adoraria ficar. Mas tenho muitas outras pontes para construir.
Um Dia Tive Fome
O cheiro de pão quente invadia aquela rua, o sol escaldante do meio dia convidava a todos para um refresco. O menino, a passos lentos ao lado do pai, não agüentou: “Pai to com fome!” Seu Agenor, sem ter um tostão no bolso e, já desde muito desde muito cedo em busca de um trabalho, sorri com os olhos marejados para o filho e pede mais um pouco de paciência... – “Mas pai, desde ontem não comemos nada, eu to com muita fome!” Envergonhado, triste e humilhado em seu coração de pai, pede para o filho aguardar na calçada enquanto entra na padaria e dirige-se à pessoa que atendia ao balcão: - “Meu senhor, estou com meu filho de apenas 6 anos ai na porta com muita fome, não tenho nenhum tostão pois sai cedo para buscar um emprego e nada encontrei. Eu lhe peço que em nome de Jesus me forneça um pão para que eu possa matar a fome desse menino, em troca posso varrer o chão, lavar pratos e copos ou outro serviço que o senhor desejar. Amaro, o dono da padaria, estranha aquele homem de semblante calmo e sofrido, pedir comida em troca de trabalho e pede para que ele chame o filho. Seu Agenor, vai buscar o menino, que aguardava impaciente do outro lado da rua. Feita a apresentação, seu Amaro pede que os dois sentem-se junto ao balcão, onde manda servir dois pratos com arroz, feijão, bife e ovo. Para o menino Ricardo, era um sonho, comer após tantas horas na rua, para Agenor, uma dor a mais, já que comer aquela comida maravilhosa fazia-o lembrar-se da esposa e mais dois filhos que ficaram em casa apenas com um punhado de fubá. Lágrimas desciam de seus olhos em contraste com a satisfação de ver seu filho devorando aquele prato simples como se fosse um manjar dos deuses, a emoção explodia em seu coração cansado por desemprego, humilhações e necessidades. Amaro se aproxima de Agenor e percebendo sua emoção, brinca para relaxar: - “Maria, sua comida deve estar muito ruim, o meu amigo aqui está chorando da dureza do bife”, Agenor sorri, e diz que nunca comeu comida tão apetitosa, e que agradecia a Deus por ter esse prazer. Amaro pede então que ele sossegue seu coração, que almoçasse em paz e depois conversariam sobre trabalho. Mais confiante, Agenor enxuga as lágrimas e começa a almoçar, já que sua fome já estava nas costas. Após o almoço, Amaro convida o Agenor para uma conversa nos fundos da padaria, onde havia um pequeno escritório. Agenor conta então que há mais de dois anos havia perdido o emprego e desde então, sem uma especialidade profissional, sem estudos, ele estava vivendo de pequenos biscates, mas que há dois meses não recebia nada. Amaro, resolve então contratar Agenor para serviços gerais na padaria e, penalizado, faz para o homem uma cesta básica com alimentos para pelo menos quinze dias. Agenor, comovido, agradece a confiança daquele homem e marca para o dia seguinte seu início no trabalho. Ao chegar em casa com toda aquela "fartura", Agenor é um novo homem, sentia esperanças, sentia que sua vida iria tomar novo impulso, Deus estava lhe abrindo mais do que uma porta, era toda uma esperança de dias melhores. Dia seguinte às cinco da manhã, Agenor, estava na porta da padaria ansioso para iniciar seu novo trabalho. Amaro chega logo em seguida e sorri para aquele homem que nem ele sabia porque estava ajudando. Tinham a mesma idade, 32 anos, e histórias diferentes, mas algo dentro dele chamava-o para ajudar aquela pessoa. E, ele não se enganou, durante um ano, Agenor foi o mais dedicado trabalhador daquele estabelecimento, sempre honesto e extremamente zeloso com seus deveres. Um dia, Amaro chama Agenor para uma conversa e fala da escola que abriu vagas para a alfabetização de adultos um quarteirão acima da padaria, e que ele fazia questão que ele fosse estudar. … Agenor até hoje não consegue esquecer seu primeiro dia na escola, a mão trêmula nas primeiras letras e a emoção da primeira carta... Doze anos se passaram desde aquele primeiro dia de aula, hoje, o Dr. Agenor Baptista de Medeiros, advogado, abre o escritório para seu cliente, e depois outro, e depois mais outro. Ao meio dia desce para um café na Padaria do amigo Amaro, que fica impressionado em ver o "antigo funcionário" tão elegante em seu terno. Mais dez anos se passam e agora o Dr. Agenor Baptista, já com uma clientela que mistura os mais necessitados que não podem pagar, e os mais abastados que o pagam muito bem, resolve criar uma Instituição que oferece aos desvalidos da sorte, que andam pelas ruas, pessoas desempregadas e carentes de todos os tipos, um prato de comida diariamente na hora do almoço. Mais de 200 refeições são servidas diariamente naquele lugar que é administrado pelo seu filho, o agora nutricionista Ricardo. Tudo mudou, tudo passou, mas a amizade daqueles dois homens, Amaro e Agenor impressionava a todos que conheciam um pouco de cada um, conta-se que aos 82 anos os dois faleceram no mesmo dia, quase que à mesma hora, morrendo ambos placidamente com um sorriso do dever cumprido. Conta-se também que no céu, o próprio Mestre Jesus veio recebê-los com um sorriso e um coro de mil anjos entoando uma música que falava da vitória dos que sabem persistir. Ricardinho, mandou gravar na frente da "Casa do Caminho" - "Um dia eu tive fome, e você me alimentou. Um dia eu estava sem esperanças e você me deu um caminho. Um dia acordei sozinho, e você me deu Deus, e isso não tem preço. Que Deus habite em seu coração, alimente sua alma e te sobre o pão da misericórdia para estender a quem precisar"
Lençóis
Recém-casados, mudaram-se para um bairro tranqüilo. Na primeira manhã, enquanto tomavam café, a mulher reparou através da janela a vizinha que pendurava lençóis no varal e comentou com o marido: - Que lençóis sujos ela está pendurando! - Está precisando de um sabão novo. Se eu tivesse intimidade perguntaria se ela quer que eu a ensine a lavar as roupas! O marido observou calado. Dias depois, novamente, durante o café da manhã, a vizinha pendurava lençóis e a mulher, novamente comentou: - Nossa vizinha continua pendurando lençóis sujos! Se eu tivesse intimidade perguntaria se ela quer que eu a ensine a lavar as roupas! E assim, a cada dois ou três dias, a mulher repetia seu discurso, enquanto a vizinha pendurava suas roupas no varal. Passado um tempo a mulher se surpreendeu ao ver os lençóis muito brancos sendo estendidos, e empolgada foi dizer ao marido: - Veja, ela aprendeu a lavar as roupas, Será que outra vizinha a ensinou? Porque eu não fiz nada. O marido calmamente respondeu: - Não, hoje eu levantei mais cedo e lavei os vidros da nossa janela! E assim é. Tudo depende da janela, através da qual observamos os fatos. Antes de criticar, verifique se você fez alguma coisa para contribuir, verifique seus próprios defeitos e limitações. Olhe antes de tudo, para sua própria casa, para dentro de você mesmo. Lave sua vidraça. Abra sua janela.
Tapete Vermelho
Ao nos ensinar a orar, Jesus frisou que não seria pelo muito falar, que seríamos atendidos por Deus, nosso Pai. Ao contrário, enfatizou aos apóstolos que a prece tinha maior poder, pela humildade de que se revestia. Alguns de nós, quando convidados a orar em público, recusamos, dizendo que não sabemos dizer palavras bonitas. A verdadeira oração não necessita de palavras difíceis. É a manifestação espontânea do coração que se abre em colóquio íntimo, pedindo, agradecendo, louvando, reconhecendo a própria pequenez e a grande necessidade. A força de uma prece não está na coordenação das palavras proferidas, mas na emoção que o pensamento movimenta para a fonte de recursos a que se dirige. Assim, é que a estória a seguir, faz-se oportuna: ... “Vó e sua neta doente, moravam em casa humilde. Como não tinha dinheiro para levá-la ao médico, decidiu, então, enfrentar a caminhada de horas até a cidade, em busca de ajuda. No único hospital público, foi orientada a retornar trazendo a neta, para ser examinada. A mulher, desconsolada, fez o caminho de volta pensando em como faria para trazer a criança, pois a pequena sequer se mantinha em pé. ... Ao passar em frente a um templo, decidiu entrar. Viu um grupo de pessoas orando e pediu que orassem por sua netinha, no que foi atendida, feliz, ela mesma se animou a fazer sua prece e em voz alta foi falando: "Jesus, sou eu. Olha, a minha neta está muito doente. Eu gostaria que você fosse lá para curá-la. Jesus, você pega uma caneta que eu vou dizer onde fica" e, continuou: “você vai seguindo em frente e quando passar o rio com a ponte, você entra na segunda estradinha de terra. Não vá errar, tá?" Os que estavam por perto acharam interessante aquele monólogo. Alguns, no entanto, mal podiam conter o riso. Mas a senhora, de olhos fechados, continuou: "Andando mais uns vinte minutinhos, tem uma vendinha. Pega a rua da mangueira que o meu barraquinho é o último da rua. Pode entrar, não tem cachorro. Olha, Jesus, a porta está trancada, mas a chave fica embaixo do tapetinho vermelho, na entrada. O senhor pega a chave, entra e cura a minha netinha. Mas, olha só Jesus, por favor não esqueça de deixar a chave de novo embaixo do tapetinho vermelho, senão eu não consigo entrar." Terminada a oração, ela se levantou e foi para casa. Ao entrar, sua netinha veio correndo recebê-la. "Minha neta, você está de pé? Como é possível?" E a menina ... "vovó, eu ouvi um barulho na porta e pensei que fosse a senhora voltando. Aí, entrou um homem alto, com um vestido branco, e mandou que eu me levantasse. E eu me levantei." Depois, ele sorriu, beijou minha testa e disse que tinha que ir embora, mas pediu que eu avisasse a senhora que ele iria deixar a chave embaixo do tapetinho vermelho."
Jogo do Contente
1912, Eleanor Hodman Porter lança a obra intitulada Polyanna. A repercussão, à época no mundo inteiro, foi de uma impressionante onda de esperança, entusiasmo e otimismo. A estória versa sobre uma menina, órfã de mãe, e que, há tempos, aguardava com ansiedade uma boneca à época do Natal. Naquele ano porém, o pai fez uma encomenda. Entretanto, ao abrir o presente a menina, surpresa, começa a chorar diante da grande decepção, o embrulho continha um par de muletas. O pai então, a consola dizendo que ela deveria ficar contente. Mas, contente por que? Desabafa. Eu pedi uma boneca e ganhei um par de muletas. Pois fique contente por não precisar delas, foi a resposta. Assim, a partir daquele dia, o pai, estabelece com a filha o que ele chamaria o Jogo do Contente. Tempos depois, com o passamento do pai de Polyanna, ela é entregue aos cuidados de uma tia, amarga, carrancuda, exigente ... mas a menina, ao invés de sofrer com as maldades da tia, encontra em tudo um motivo para ser feliz. O quarto é muito pequeno? Ótimo, assim ela o limpará bem mais depressa. Não existem quadros na parede, como havia em sua casa? Que bom, assim ela poderá abrir a janela e olhar os quadros da natureza, ao vivo. Não tem um espelho? Excelente, assim nem verá as sardas do seu rosto e assim, com paciência, humildade, resignação e otimismo, conquista, para o jogo do contente, a empregada e a própria tia, austera e má. O homem de bem, sabe que todas as vicissitudes da vida, todas as dores, todas as decepções são provas ou expiações e as aceita sem murmurar. Portanto, nos momentos de graves dificuldades, busquemos os motivos para nos alegrar. O passeio de final de semana não deu certo, por causa da chuva que caiu torrencial? Alegremo-nos por estarmos em nossa casa, abrigados, e aproveitemos esses dias para uma convivência maior com a família. A viagem de férias, tão planejada, foi por água abaixo porque o salário não foi suficiente e a gratificação foi menor do que o esperado? Fiquemos contentes e vamos curtir o cantinho doméstico. Aproveitemos o tempo para conviver com os amigos, sair com os filhos. Conhecer os recantos públicos da cidade, conviver com a natureza. Viver com alegria é uma arte. Por isso mesmo, preservemos a jovialidade em nossa conduta. Porque um cenho carregado sempre reflete aflição, desgosto e contrariedade. E não faz bem a ninguém. Destilemos alegria e bom ânimo, irradiando o bem estar que provém de nosso coração. O tesouro de um comportamento jovial tem o preço da felicidade que oferece a todas as pessoas. Alegremo-nos e nos sintamos felizes por viver na terra, especialmente nesta nova era de um novo milênio de tantas esperanças, e colaboremos eficazmente pela concretização do bem nos corações e a paz no mundo.
Salmo 23
A reunião dominical era festiva um jovem, pediu à palavra e enlevou à todos declamando com entusiasmo o Salmo 23. Ao terminar, foi aplaudido por todos. Outras partes se seguiram e, no final do programa, um velhinho, solicitou ao dirigente que lhe permitisse também a palavra. Foi atendido e, contemplando o grande auditório com olhar sereno, voz pausada e firme, declamou com muita emoção o salmo 23. Ao terminar, ninguém o aplaudiu, todos emocionados, alguns, choravam. Finda a reunião, o jovem orador perguntou ao velhinho: - Por que me aplaudiram tanto quando eu declamei o Salmo 23 e choraram quando o senhor declamou o mesmo salmo? Onde está a diferença? – A diferença é simples, meu jovem. Você conhece o Salmo do Bom Pastor e eu conheço o Bom Pastor do Salmo. Talvez esta seja a dificuldade na vida de muitas pessoas, conhecem a Palavra do Senhor, mas não conhecem o Senhor da Palavra. Falta-lhes intimidade e comunhão com Deus. Vivem uma vida cristã superficial e pobre de experiências com o Cristo. Cultivemos de tal maneira a nossa comunhão com Ele, de modo que possamos afirmar, como resultado de uma profunda e real experiência: "O Senhor É Meu Pastor"
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